Sociedades Garantidoras de Crédito estarão inseridas no sistema financeiro nacional

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O novo Sistema Nacional de Garantias de Crédito (SNGC) vai facilitar o acesso de micro e pequenas empresas ao crédito. Criado pelo Governo Federal, a ideia é que a garantia do financiamento possa ser realizada por outras instituições, que serão uma espécie de “fiadoras” do empréstimo.

De acordo com o Decreto nº 10.780, sociedades de garantia solidária, sociedades de contra garantia, cooperativas de crédito e fundos públicos ou privados poderão ser usados para garantir a operação, facilitando o acesso aos pequenos empreendedores que não possuam patrimônio necessário à operação.

O presidente da Sociedade Garantidora de Crédito (SGC Central), Augusto Sperotto, explica que a Sociedade estará inserida no sistema financeiro nacional. “Nós estaremos habilitados a acessar os fundos constitucionais do Governo. Assim, será possível reduzir o custo financeiro da micro e da pequena empresa”, afirma Sperotto.

Ele complementa que a inclusão da Sociedade no Sistema Nacional de Garantia deve acontecer em breve. “A expectativa é que a inclusão seja antes do primeiro semestre deste ano”.

Neste momento, a implantação e a regulamentação do Decreto são realizadas pelo Ministério da Economia e pelo Banco Central. “A SGC ao ter a garantia de crédito para oferecer ao empresário, a instituição financeira realizará o empréstimo. O empresário terá acesso ao recurso financeiro, o qual poderá pagar com longo prazo e com juro baixo”, afirma Sperotto.

Após a habilitação no sistema financeiro nacional, a SGC Central fará um planejamento de crescimento, o que deve acontecer no primeiro semestre de 2022. “Analisaremos o nosso planejamento estratégico e, então faremos uma programação de expansão. Existe muito mercado pela frente”, salienta o presidente da SGC Central.

CRESCIMENTO – Durante o período da pandemia, as Sociedades Garantidoras de Crédito deram a garantia aos empresários e as cooperativas emprestaram. “O ritmo de trabalho não diminuiu na pandemia”, comenta Sperotto.

Em 2021 foram realizadas 24.268 operações, sendo que R$ 1,11 bilhões foram em financiamentos e R$ 798,3 milhões em garantias. O que representa um crescimento de 39,6% em garantias.

Enquanto que em 2020 foram efetuadas 18.664 operações. As operações geraram R$ 796,6 milhões em financiamentos e R$ 571,9 milhões em garantias, o que representou um crescimento de 41,0% naquele ano.

Em 2022, a expectativa é expandir o crédito. Conforme Sperotto, a participação da SGC ainda é considerada pequena no mercado. “Nós estamos inseridos em um mercado que ainda pode crescer. O nosso sistema se tornará gigante”.

Ele acrescenta que o sistema está melhor organizado no Paraná, pois está atrelado as Associações Comerciais e Empresariais dos Municípios e o Governo do Estado tem incentivado essa atividade. “Nós mostramos como era o funcionamento do sistema e cada Sociedade deu continuidade nas atividades”.

Os municípios de Toledo, Londrina e Maringá possuem SCGs que apresentam bons resultados. “Desejamos crescer e fazer a diferença na matriz de custo financeiro do empresário. Precisamos reduzir o custo do juro para ele”, menciona Sperotto.

Em 2022, a SGC Central tem a expectativa de crescer mais de 30%. “Quando estivermos incluídos no Sistema Nacional, nós poderemos duplicar esse crescimento. Existe um mercado ‘robusto’ pela frente”, finaliza o presidente da Sociedade Garantidora de Crédito Central.

Da Redação

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