Sperafico assina apoio a CPI para investigar supostas fraudes bilionárias envolvendo Banco Master e BRB

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Deputado paranaense defende apuração urgente de esquema financeiro que pode ter causado prejuízo superior a R$ 12,2 bilhões e afetado fundos previdenciários em todo o país

O deputado federal Dilceu Sperafico (União Progressista-PR) assinou requerimento de apoiamento à criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar as fraudes financeiras ocorridas na relação entre o Banco Master e o Banco Regional de Brasília (BRB).

Na avaliação do parlamentar, a instauração da CPI é urgente e necessária para apurar responsabilidades e os desdobramentos de um dos maiores e mais sofisticados esquemas de fraude financeira já registrados no país. Segundo Sperafico, o caso envolve a fabricação de fundos fraudulentos, falsificação de contratos e a montagem de ativos inexistentes. “Trata-se de um assunto gravíssimo, com prejuízo que, de acordo com apurações preliminares da Polícia Federal, supera o montante de R$ 12,2 bilhões”, afirmou.

O requerimento para abertura da CPI já conta com 159 assinaturas de parlamentares. Para que a comissão seja efetivamente instalada, são necessárias 171 assinaturas, o que significa que ainda faltam 12 apoios para viabilizar a abertura da investigação no Congresso Nacional.

De acordo com Sperafico, a gravidade e a complexidade do caso exigem uma investigação que vá além da responsabilização individual. Ele ressalta que cabe ao Poder Legislativo exercer seu papel constitucional de fiscalização. “Conforme preceitua a Constituição Federal, que vem sendo desrespeitada nos últimos tempos, é dever precípuo do Congresso Nacional fiscalizar e investigar fatos de grande relevância. Nesse contexto, a elucidação do caso impõe a abertura imediata da CPI do Banco Master”, declarou.

Entre os principais pontos que justificam a criação da comissão, o deputado destaca a dimensão nacional do esquema e o alto grau de sofisticação das operações investigadas. As apurações preliminares indicam a existência de uma engenharia financeira complexa, montada por operadores especializados, com potencial para abalar a credibilidade do mercado financeiro e comprometer o ambiente de negócios no país.

Outro aspecto considerado alarmante é o impacto do esquema sobre fundos previdenciários e servidores públicos. Há fortes indícios de que ativos supostamente fraudulentos tenham sido adquiridos por institutos de previdência estaduais e municipais, como o Fundo de Previdência do Estado do Rio de Janeiro, além de outras unidades da federação. Segundo Sperafico, essa situação coloca em risco direto as aposentadorias e o futuro financeiro de milhares de servidores públicos e de suas famílias, configurando um dano social de grandes proporções.

Diante desse cenário, o deputado afirma que o Congresso Nacional não pode se furtar à sua responsabilidade institucional. Para ele, a apuração não deve ficar restrita ao Executivo ou às autoridades policiais. “Cabe ao Parlamento, por meio da CPI, investigar as responsabilidades políticas, as falhas regulatórias sistêmicas e os impactos econômicos de abrangência nacional, além de propor as reformas legislativas necessárias para fortalecer o sistema financeiro e impedir a reincidência de fraudes dessa natureza”, concluiu.

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