Terapia hormonal melhora qualidade de vida em diferentes fases da vida

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A terapia hormonal na prática clínica ganha espaço como aliada para melhorar qualidade de vida de pessoas em diferentes fases da vida, desde a transição de gênero até o manejo de sinais da menopausa. Em consultórios, médicos discutem opções, riscos e benefícios com uma abordagem personalizada, que valoriza o equilíbrio entre bem-estar físico e emocional. No coração dessa medicina, o cuidado humano – entender e respeitar as escolhas individuais – faz da terapia hormonal não apenas um tratamento, mas uma história de autoconhecimento e de empatia que floresce quando ciência e sensibilidade caminham juntas.
O programa Conectando Saberes é voltando à formação continuada em saúde para médicos e reúne profissionais. O projeto de extensão é realizado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e com o Biopark tem o objetivo de trazer os melhores especialistas do Brasil para abordar sobre os temas específicos da área de Saúde.
O médico ginecologista Dr. Luciano de Melo Pompei participou da segunda edição do Conectando Saberes. Ele abordou os principais desafios e as condutas relacionadas à terapia hormonal na prática clínica.
Pompei explica que a menopausa tem uma grande importância devido ao grande aumento da expectativa de vida da mulher brasileira. “Atualmente, estimamos que a mulher já está passando mais de um terço praticamente 40% da sua vida na fase depois da menopausa”.
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O sintoma mais frequente é a ‘onda de calor’. Além disso, a falta do hormônio feminino se associa a alterações de humor, a secura vaginal, as alterações do sono, as dificuldades de concentrações ou de memória.
“Uma das principais formas de se abordar esta fase da vida da mulher é justamente, através da terapêutica hormonal da menopausa, que consiste na administração de hormônios com o objetivo de corrigir essa falta de hormônios, responsáveis por causar a menopausa”, afirma o médico.
Ele ainda complementa que algumas mulheres possuem perdas de massa óssea com risco para osteoporose ou problemas urogenitais relacionados a falta de hormônios são indicações, além da insuficiência ovariana, que muitos chamam de menopausa precoce. “Essas são indicações para a terapêutica hormonal”.
O ginecologista pondera que a terapêutica hormonal não é indicada para todo mundo. “Há situações que existem contraindicações. Exemplos: mulheres que tiveram câncer de mama, infarto agudo ou outras doenças ateroscleróticas em estágios clinicamente relevantes”.
Pompei revela que a terapêutica hormonal também pode diminuir o risco de outros cânceres. “É importante ter indicação correta, controle e acompanhamento para cada mulher. Algumas mulheres, realmente, não devem utilizar terapêutica hormonal. Mas, eu te diria que a maioria das mulheres sintomáticas tem mais benefícios do que riscos com a terapêutica hormonal. É importante que a mulher nesse período continue visitando o seu médico e discuta com ele afim de que no momento oportuno se possa iniciar a terapêutica hormonal”.
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A informação sobre a terapia hormonal está bastante disponível. O médico ainda recomenda que a mulher procure a informação em fontes fidedignas e com bases em evidências científicas. “Logicamente, existe aquela paciente que acessa ao produto comprado em farmácia, pois temos terapêuticas hormonais com custo relativamente baixo. A maior barreira foi a falta de disponibilidade da terapêutica hormonal no setor público. Já existe um movimento e lideranças políticas abordam a temática. Nós temos a confiança de que em breve conseguiremos implementar na saúde pública. Há cidades em que existem o acesso a terapêutica hormonal, mas infelizmente isso não é para todos os municípios do Brasil”.
CONHECIMENTO – Segundo a médica ginecologista Naura Tonin Angonese, os eventos do Conectando Saberes são oportunidades para discutir as situações de urgência ou emergência em pediatria e as novas terapias. “Os eventos possuem interesse em trazer médicos de Toledo e da região Oeste para que possam compartilhar informações conosco e com outros especialistas possamos abordar determinado assunto”.
Naura destaca que a terapia hormonal foi escolhida, dessa vez, por ter um assunto muito importante na saúde da mulher. “Todas nós, em algum momento, passaremos pelo climatério. Então termos informações baseadas em evidências científicas e com segurança para nossa população são importantes”.
A profissional enfatiza que a terapia hormonal passa, às vezes, por conhecimentos não tão solidificados sobre algumas informações que a criam polêmica. “Por isso, que esse assunto é tão importante para discussão. Eu acho muito louvável ter esse tipo de atividade, com o objetivo de discutir esses assuntos, compartilhar experiências e contribuir com os colegas a experiência no climatério. Acredito que a finalidade seja em poder levar uma informação que a gente entende com qualidade, baseada em ciência, em evidência para que os colegas possam trabalhar e se sentir mais seguros”.
Da Redação
TOLEDO