Economia local valoriza novas regiões em Toledo

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O município de Toledo possui particularidades em seu desenvolvimento em todos os setores. Quando o assunto é emissão de alvará, percebe-se que o número na construção de imóvel residencial é maior em relação ao comercial, segundo o economista Jandir Ferrera de Lima.

O custo do aluguel do imóvel comercial, em Toledo, é variável conforme a sua localização. O economista cita como exemplo a região central. “É uma área com grande movimentação de pessoas das 8 horas às 18 horas durante os dias da semana. Além disso, estão localizados os hospitais e os bancos nesta região”, explica o economista ao complementar que esses fatores tornam essa área mais atrativa para quem deseja alugar um imóvel ou até mesmo para o proprietário do estabelecimento.

No entanto, Jandir Ferrera enfatiza que Toledo possui peculiaridades em seu crescimento, considerado ordenado. Na região da Rua 1º de Maio com a Rua dos Pioneiros ocorreu a valorização dos imóveis ao longo dos anos. São resultados dos investimentos realizados naquela área e a migração da população. “A Rua 1º de Maio mescla imóveis residenciais e comerciais. Estão presentes nesta região os serviços públicos, entre elas, destacam-se o Pronto Atendimento Municipal (PAM) – Mini-hospital”.

A segunda área que ganha destaque é a Avenida Cirne Lima, principalmente, entre a Indústria de Fios (Fiasul) e o trevo de acesso para a Rodovia BR-163, saída para o município de Marechal Cândido Rondon. São imóveis comerciais e residenciais naquela região. Com isso, os valores dos alugueis também podem ter sido valorizados no último período.

REFLEXOS – Contudo, a pandemia do novo coronavírus trouxe reflexos no setor imobiliário e em todas as regiões de Toledo, principalmente, em imóveis que são alugados para atividades de varejo. “O comércio de roupas ou de calçados sentiu o efeito da pandemia. Como as pessoas passaram a ficar mais em suas residências, as compras diminuíram”, revela o economista.

Outro setor afetado é o de gastronomia. Os restaurantes ou os bares realizaram adequações para atender o público. Em muitos casos, essas alterações não foram benéficas. “Nos imóveis alugados, os empresários negociaram com os proprietários, porque é fato que a pandemia interferiu na rentabilidade da empresa”, pontua Jandir.

Para ele, mesmo com as medidas mais flexíveis nos decretos, o setor de gastronomia ainda não presta o atendimento em sua capacidade plena. “Geralmente, eles são rentáveis com uma capacidade acima de 70%, porém isso difere de cada negócio. Por isso, o diálogo entre quem aluga o imóvel e quem é o proprietário da sala é primordial em um momento de crise. Existem situações que o proprietário da sala avaliou e achou pertinente alugá-la por um ou dois meses com um valor menor”, relata Jandir.

ALTERNATIVA – Uma medida destacada pelo economista é o Poder Público prestar algum tipo de auxílio neste período de transição da economia. “Quem sabe ofertar um aluguel solidário ou ter alguma compensação no IPTU para quem reduzir o valor do aluguel, enfim. Estabelecer estratégias para que a economia possa se desenvolver”, recomenda o economista Jandir ao mencionar que as decisões do zoneamento urbano também interferem no mercado imobiliário. “Alguns bairros ganham novos moradores e, com isso, eles demandam de estruturas comerciais, isto é, de novos empreendimentos”.

A flexibilidade da negociação e da cobrança dependem do retorno da pandemia e a localização do imóvel. Algumas áreas serão mais fáceis para negociar. Outras nem tanto. “É fato que o valor do aluguel será decidido pelo mercado e Toledo é um município em constante formação de novas áreas comerciais devido a transferência da população. Nos locais com mais pessoas com rendas, há o estímulo ao crediário e, por isso, os empresários devem estar atentos a mudança do perfil do consumidor. No futuro, nós teremos uma ideia do novo comércio produzido em Toledo”, finaliza.

Da Redação

TOLEDO