Mercado de Trabalho continua aquecido em Toledo

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O mercado de trabalho de Toledo está aquecido. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apontam que o município encerrou o mês de abril com saldo de 302 vagas de trabalho formal, um resultado de 3.250 admissões e 2.948 desligamentos. O mês acumula o estoque de 65.357 trabalhadores com carteira assinada. As informações do Caged foram divulgadas na última quarta-feira (28), pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O setor de Serviços é o destaque do mês com saldo de 201 postos de trabalho, quando contratou 1.304 e demitiu 1.103 trabalhadores, com uma variação de 0,73%. Os indicadores apontam ainda o setor da Agropecuária com a admissão de 174 trabalhadores e o desligamento de 69, com saldo do mês de 105 novos postos de trabalho e variação de 6,55%. O setor do Comércio também se destacou no mês com saldo positivo de 39.

Em contrapartida, no mês de abril dois setores da economia registraram saldo negativo na geração de empregos: Construção (-10) e Indústria (-33).

No acumulado do ano, foram 15.529 admissões e 12.287 desligamentos, com saldo de 3.242 postos de trabalho gerados. No primeiro quadrimestre do ano, o setor de Serviços também se destacou com a geração de 2.416 empregos formais. No período foram 7.068 trabalhadores admitidos e 4.652 desligamentos, com uma variação de 9,53%.

ECONOMIA CONSOLIDADA – O gerente da Agência do Trabalhador de Toledo, Rodrigo Souza, pontua que o mercado formal cresceu 5,22% no quadrimestre em Toledo. “Nós estamos hoje com uma economia muito consolidada, os números de emprego apontam esse cenário. Hoje nós assumimos essa liderança estadual na geração de emprego”.

Entre os 24 municípios do Paraná com mais de 100 mil habitantes, Toledo alcançou, nos quatro primeiros meses deste ano, a maior média per capita: foram 20.438,78 novos postos de trabalho para cada 1 milhão de moradores. A cidade superou Arapongas (12.626,85), Araucária (11.628,49), Pinhais (11.272,95) e Cascavel (10.005,38).

Tanto na avaliação do mês quanto no acumulado do ano, o setor de Serviços se destaca na geração de empregos. O economista e professor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) explica que parte do setor de Serviços está atrelado a dinâmica do agronegócio, fornecendo atendimento a rede de máquinas e equipamentos, produção de commodities e serviços técnicos às agroindústrias.

“Para incrementar o ramo de Serviços, a valorização do salário mínimo, os programas sociais e o mercado de trabalho aquecido ajudam a fortalecer o setor terciário. Cabe lembrar também o avanço na área de Tecnologias da Informação e similares, na qual Toledo ganhou destaque nos últimos anos”.

DIFERENCIAL – O economista enfatiza que o município de Toledo tem um diferencial que é a diversificação do parque agroindustrial. Essa diversificação fortaleceu as cadeias produtivas de proteína vegetal e animal. “No caso da proteína, além dos criatórios de suínos e aves, há também os criatórios de tilápias e demais pescados. E esses criatórios estão integrados com frigoríficos instalados no município ou arredores. Já na proteína vegetal, os grãos são processados localmente nas estruturas de nutrição animal. E para atender todas essas estruturas se formou uma rede de venda e serviços na área de máquinas e equipamentos agropecuários”.

Além do agronegócio, Jandir Ferrera de Lima salienta que o município de Toledo conta com a indústria farmacêutica, que está em fase de expansão. Além disso, o setor de energia renováveis também vem se reestruturando e consolidando. Porém, o agronegócio é que o gera mais encadeamentos produtivos no município.

“Enquanto o agronegócio estiver aquecido, os programas de transferência de renda continuarem robustos, a inadimplência ficar em índices estáveis e o salário mínimo tiver aumentos acima da inflação, a tendência é o setor terciário continuar aquecido. Em geral, economias atreladas ao agronegócio exportador são as últimas a entrar em crise e as primeiras a sair. A não ser que problemas fitossanitários e no comércio exterior apareçam na conjuntura”.

CRESCIMENTO – Outro dado importante para o município é o número de trabalhadores com Carteira de Trabalho, que no final de abril de 2025 chegou a 65.357. O gerente da Agência do Trabalhador de Toledo, Rodrigo Souza esclarece que houve um crescimento nesse índice, que mostra a força da economia local.

“Acredito que para esse ano nós vamos manter essa base de crescimento de 5%. E, enquanto Poder Público, estamos construindo esse processo de qualificação profissional para preparar ainda mais as pessoas para o mercado de trabalho”, cita.

Com informações da Assessoria*

*Da Redação

TOLEDO

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