Adesão à vacina da dengue ainda é baixa

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O aumento das temperaturas e da umidade proporcionam condições ideais para o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, se desenvolver e se reproduzir. Além dos cuidados diários em casa, a vacina contra a dengue é uma estratégia crucial para combater a doença, especialmente em áreas endêmicas. Ela representa um avanço fundamental na prevenção dessa doença que afeta milhares de pessoas todos os anos no Brasil e no mundo.
A vacina contra a dengue ajuda a reduzir a incidência de casos graves e hospitalizações, além de contribuir para a redução da pressão sobre os sistemas de saúde. A vacinação deve ser parte de uma abordagem abrangente que inclui controle do vetor, uso de repelentes e conscientização da população sobre a dengue e suas formas de prevenção.
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Desde maio de 2024, quando o município recebeu o primeiro quantitativo de vacinas, o imunizante está disponível em todas as unidades de saúde. Naquele momento, a Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa), ampliou para mais 102 municípios do estado a vacina contra a dengue, totalizando 320 cidades contempladas pelo Ministério da Saúde. As doses são destinadas para crianças de 10 a 14 anos.
A VACINA – Desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda Pharma, a vacina contra a dengue (Qdenga) contém vírus atenuado e gera resposta imunológica em até 15 dias após a sua aplicação. Os testes que antecederam sua aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apontaram para uma eficácia de 80% para os sorotipos 1 e 2 da doença, os de maior circulação no território nacional. O imunizante deve ser administrado em duas doses, com intervalo de 90 dias entre elas. Pessoas que tiveram dengue só podem ser vacinadas seis meses depois do diagnóstico da doença.
PROCURA – A enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Rosana Cerbarro, conta que o município de Toledo recebeu um quantitativo de 9.453 doses desde a primeira remessa da vacina da dengue, em maio de 2024. Até a última quarta-feira (10), foram aplicadas 4.114 da primeira dose e 2.449 da segunda dose da vacina. Rosana enfatiza que a procura está baixa nesse momento.
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“Apesar de ser uma vacina que ainda não está incorporada no calendário de imunização, ela está disponível nas unidade de saúde e estamos realizando a vacinação enquanto houver estoque. Ainda não temos a informação se a faixa etária será ampliada, mas é importante enfatizar que o público alvo seja vacinado”.
Rosana comenta que, tecnicamente, as crianças recebem as principais vacinas aos quatro anos de idade, depois aos nove anos e aos 14 anos de idade. Já a vacina contra a dengue é administrada em crianças de 10 a 14 anos, como não há vacinas nesse intervalo, muitos pais e responsáveis acabam esquecendo dessa imunização. “Por isso a procura por essa vacina é muito específica e isso justifica um pouco essa baixa adesão”.
Para alcançar o maior número de crianças, algumas ações são realizadas como a ampliação das informações da vacina, orientações por meio dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e busca ativa. Estar com a população imunizada contra a dengue é um dos passos importantes para combater a doença.
“O inverno praticamente acabou, estamos entrando no período mais quente e os cuidados devem ser redobrados. A vacina é um deles. Há doses sobrando e o apelo é para os pais e responsáveis levarem as crianças que ainda não receberam o imunizante para se vacinarem nas unidades de saúde. A vacina é eficaz na prevenção de formas graves da doença e na redução das hospitalizações, e diretamente também vai estar protegendo outras pessoas também”, complementa Rosana Cerbarro.
Da Redação*
TOLEDO
*Com informações da Assessoria