Proteção para gestantes e bebês: Toledo inicia vacinação contra o VSR

Por Jornal do Oeste Publicado em 09/12/2025 - 12:00 Atualizado em 09/12/2025 - 08:59

No Paraná, mais de 138 mil gestantes estão aptas a receber o imunizante Crédito: Sesa/PR

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A vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), recomendada para gestantes a partir da 28ª semana de gestação, é uma importante aliada na proteção dos recém-nascidos. Ela ajuda a reduzir o risco de doenças respiratórias graves, como bronquiolite e pneumonia, que podem afetar os bebês nos primeiros meses de vida. Este imunizante, que foi incorporado ao calendário de vacinação do SUS este ano, antes só estava disponível na rede privada, com um custo médio de R$ 1,6 mil. Com essa mudança, ele se torna mais acessível e, entre as vacinas oferecidas no Brasil, é a mais cara já disponibilizada à população.

Em Toledo, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) iniciaram a aplicação da vacina na segunda-feira (8). A orientação da Secretaria Municipal de Saúde é para que todas as gestantes procurem a unidade mais próxima, dentro do horário de atendimento habitual de cada UBS.

A Secretaria Municipal de Saúde ainda recomenda que para a gestante receber a dose é necessário apresentar documento com foto, carteirinha de vacinação e a carteirinha da gestante.

O diretor da 20ª Regional de Saúde de Toledo Fernando Pedrotti explica que as Secretarias foram orientadas a realizar a imunização em horário de funcionamento da UBS. “Pois não existe a orientação ou a necessidade de abrir campanhas ou horários especiais uma vez que com 28 semanas de gestação, as mulheres são acompanhadas no pré-natal com uma consulta a cada duas semanas e a partir das 36 semanas de gestação a consulta passa a ser semanal”.

Pedrotti enfatiza que a vacina protege a gestante e especialmente o recém-nascido contra infecções pelo vírus sincicial respiratório. “Ele é a principal causa de infecções respiratórias graves nos primeiros seis meses de vida da criança, especialmente as bronquiolites”, pontua.

IMPORTÂNCIA – O cenário epidemiológico reforça a importância da aplicação da vacina. Até 22 de novembro deste ano, o Brasil registrou 43,2 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) associados ao VSR. Desse total, mais de 35,5 mil casos – o equivalente a 82,5% – ocorreram em crianças com menos de dois anos, faixa etária mais vulnerável às complicações do vírus.

De acordo com o diretor de Vigilância em Saúde de Toledo Junior Palma, a vacinação contra o VSR é uma medida estratégica para proteger os recém-nascidos. “A imunização das gestantes é fundamental para reduzir os casos graves em bebês, especialmente nos primeiros meses de vida”.

IMUNIZAÇÃO – A Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa) recebeu as primeiras vacinas contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) no dia 3 de dezembro. Ao todo, o Estado recebeu 37.120 doses, entregues no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), em Curitiba.

“Recebemos esse importante imunizante para as gestantes paranaenses e seus bebês. Seguimos no aguardo do recebimento de novas doses”, explica o secretário estadual da Saúde Beto Preto.

As doses recebidas neste primeiro lote equivalem a 26,8% do total necessário para vacinar as 138.008 gestantes aptas a receber imunizante. A Sesa aguarda um novo envio ainda em dezembro, conforme sinalização do Ministério da Saúde.

Beto Preto reforçou a importância e a segurança da vacina para as gestantes e seus bebês e pediu a colaboração dos municípios na aplicação do imunizante. “Os municípios tem a relação de suas gestantes. Se nesse primeiro momento elas não comparecerem para se vacinar, que seja feita uma busca ativa para que elas possam receber essa vacina”, disse.

DOSE ÚNICA – A vacina é aplicada em dose única em mulheres a partir da 28ª semana de gestação, sem restrição de idade materna. A gestante, ao ser vacinada, transfere anticorpos ao feto pela placenta, reduzindo os riscos de infecção grave e complicações respiratórias.

O VSR é uma das principais causas de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em bebês, especialmente nos menores de seis meses. A infecção pode evoluir para quadros graves, exigindo internação hospitalar.

Conforme o último Informe Epidemiológico de SRAG da Sesa, o VSR é identificado anualmente como um dos vírus mais prevalentes nas amostras testadas pelo Laboratório Central do Paraná (Lacen/PR), reforçando a importância da imunização preventiva.

Da Redação*

TOLEDO

*Com informações da AE Notícias e Comunicação de Toledo

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Confira o quantitativo enviado para cada Regional de Saúde

1ª RS – Paranaguá – 1.010

2ª RS – Curitiba – 10.583

3ª RS – Ponta Grossa – 2.220

4ª RS – Irati – 574

5ª RS – Guarapuava – 1.746

6ª RS – União da Vitória – 556

7ª RS – Pato Branco – 1.098

8ª RS – Francisco Beltrão – 1.284

9ª RS – Foz do Iguaçu – 1.642

10ª RS – Cascavel – 2.060

11ª RS – Campo Mourão – 1.066

12ª RS – Umuarama – 954

13ª RS – Cianorte – 483

14ª RS – Paranavaí – 834

15ª RS – Maringá – 2.730

16ª RS – Apucarana – 1.174

17ª RS – Londrina – 2.915

18ª RS – Cornélio Procópio – 580

19ª RS – Jacarezinho – 991

20ª RS – Toledo – 1.497

21ª RS – Telêmaco Borba – 665

22ª RS – Ivaiporã – 456.