Veteran Car Club de Toledo recebe certificação da Federação Brasileira de Veículos Antigos
Estimated reading time: 4 minutos
O Veteran Car Club de Toledo, associação formada por colecionadores e apaixonados por carros antigos, recebeu na quinta-feira (12), a certificação da Federação Brasileira de Veículos Antigos (FBVA). O reconhecimento reforça a relevância do clube não apenas no cenário regional, mas também no panorama nacional do antigomobilismo.
Considerado de utilidade pública pela gestão municipal, o Veteran Car Club de Toledo se destaca pela trajetória sólida, pelos eventos culturais que promove e pelas ações beneficentes que realiza. Com cerca de cem membros, o clube consolida sua história na preservação da memória automotiva na região.
- Acompanhe nossa página do Jornal do Oeste no Instagram
- Entre no canal de notícias do Jornal do Oeste no Telegram
- Mantenha-se atualizado no grupo de WhatsApp do Jornal do Oeste
Para o presidente do Veteran Car Club de Toledo, Cézar de Césaro, a filiação à FBVA representa um avanço expressivo. “Receber o certificado como membro da federação é um passo gigante para o antigomobilismo toledano. Estamos galgando este degrau e podemos galgar degraus ainda maiores”, afirma. Além da filiação nacional, o clube também é reconhecido internacionalmente por sua associação à Federation Internationale des Véhicules Anciens (FIVA), entidade que reúne mais de 80 países em torno da preservação do patrimônio automobilístico.
ENCONTRO INTERNACIONAL – Esse reconhecimento chega em um momento especial para o Veteran Car Club de Toledo. Nos dias 14 e 15 de junho, o Veteran Car promove o IV Encontro Internacional de Carros Antigos, realizado no Lago Municipal de Toledo. A expectativa é reunir cerca de 1.200 veículos antigos. Mais do que um atrativo visual, o evento se estabelece como um espaço de resgate cultural e fortalecimento de laços entre gerações.
O prefeito de Toledo, Mario Costenaro, destaca o valor simbólico e social do encontro. “Contamos com a participação do Paraguai e da Argentina. O evento movimenta a cadeia de autopeças, de oficinas e de serviços, mas acho que isso transcende e vai um pouco mais longe. Ele promove um encontro, uma convivência do fortalecimento de laços de amizade e se abre para outras cidades. Tem também a questão do resgate e da preservação da memória”.
- Acompanhe nosso canal de notícias do Jornal do Oeste no YouTube
- Siga nosso canal do Jornal do Oeste no TikTok
- Curta nossa página do Jornal do Oeste no Facebook
FEDERAÇÃO BRASILEIRA – A FBVA, fundada em 1987, cumpre um papel central na organização e defesa do antigomobilismo brasileiro. Atua como ponte entre os colecionadores e os órgãos públicos, sendo responsável por conquistas como a inclusão da categoria ‘veículo de coleção’ no Código de Trânsito Brasileiro, a liberação da importação desses modelos e a regulamentação do registro de veículos com placas amarelas. A entidade também tem presença ativa nas decisões do Contran, sendo a representante oficial do Brasil na FIVA desde 1999.
Segundo o presidente do conselho consultivo da FBVA, Roberto Suga, há mais de 250 clubes associados à federação em todo o país. “Nós estamos aqui para apoiar, para estimular e motivar os clubes de carros antigos, para que possam promover eventos culturais. Eles fomentam o turismo da cidade, é um movimento de R$ 3,5 bilhões por ano”, afirma. Suga também ressalta o papel estratégico das parcerias institucionais e sinaliza a importância do apoio do poder público nestes eventos, como forma de oferecer sustentabilidade econômica para o município, ao tornar-se atrativo turístico.
Além da paixão pelo automóvel, o antigomobilismo representa uma forma legítima de preservar o patrimônio histórico e tecnológico da sociedade. Cada veículo antigo carrega consigo traços do seu tempo, desde soluções de engenharia que marcaram transições industriais até desenhos e acabamentos que revelam o espírito de diferentes épocas. Em um país com mais de 1,2 milhão de colecionadores e mais de 3,2 milhões de veículos históricos registrados, essa cultura mantém viva a história sobre rodas.
Da Redação
TOLEDO
