Mais consumido no inverno: vinho deve ser apreciado com moderação

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Com a chegada das baixas temperaturas é mais comum o consumo de vinho. Os apreciadores da bebida afirmam que um ‘bom vinho vai bem em qualquer época do ano’. Fato é que o consumo deve ocorrer com moderação e sem descuidar da saúde.
“Em primeiro lugar vale destacar que: o consumo de bebidas alcoólicas não é seguro para nenhuma pessoa, se usado regularmente, independente da dose, pois pode levar a doenças graves do fígado, predispor ao surgimento de câncer no aparelho digestivo, alcoolismo e doenças psiquiátricas”, alerta o coordenador do curso de medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) – campus Toledo – professor doutor cardiologista Emilton Lima Júnior. “Portanto não existe dose ‘segura’ para o consumo de qualquer bebida alcoólica”.
O cardiologista explica o que é considerado como consumo moderado. Ele pontua que é considerado moderado o consumo de 600 ml de cerveja, ou 300 ml de vinho, ou 100 ml de bebidas destiladas, isto para homens, já para mulheres considera-se como consumo moderado a metade dos valores dos homens.
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FAZ BEM AO CORAÇÃO? – Entre os mitos e verdades em envolvem a bebida, o cardiologista cita que falta aprofundamento quando o tema é: o consumo moderado de vinho faz bem para o coração? “Esta impressão vem de estudos que encontram em comunidades longevas o hábito de uso moderado de ‘vinho tinto seco’ e creditaram, a este fato, o baixo número de eventos cardiovasculares e fizeram a ligação com substâncias antioxidantes existentes neste tipo de vinho. No entanto, eram pessoas que tinham também um estilo de vida muito saudável, eram magros, com uma dieta predominantemente a base de vegetais frescos e peixes e não eram sedentários”, aponta.
Diante destas outras evidências, o cardiologista salienta que é possível afirmar que se pessoa não tem nenhuma doença do fígado e/ou do aparelho digestivo, não tem história de doença psiquiátrica, faz exercícios regulares, está dentro de seu peso ideal, tem um comportamento de sono adequado e não fuma, se tiver vontade, poder consumir moderadamente o vinho tinto seco, mas, não todo dia.
Em relação ao vinho tinto seco ser o ‘mais recomendado’, Emilton faz algumas observações. “Esta impressão vem de estudos que encontram em comunidades longevas o hábito de uso moderado de ‘vinho tinto seco’ e creditaram a este fato o baixo número de eventos cardiovasculares, e fizeram a ligação com substâncias antioxidantes existentes neste tipo de vinho”.
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FOCO NA SAÚDE – O cardiologista comenta que qualquer pessoa pode tomar vinho, no entanto algumas não querem e outras tantas não devem. “A nossa atenção será dirigida a quem não ‘deve’ As pessoas com histórico familiar ou pessoal de alcoolismo e doenças psiquiátricas, pessoas que estão fazendo uso de medicamentos como calmantes ou antidepressivos, pessoas com doenças graves como diabetes, hipertensão ou que já tiveram infarto do miocárdio ou AVC (derrame), pessoas com doenças do fígado e do aparelho digestivo (estômago e intestino), menores de 18 anos e, principalmente, se for dirigir… se beber não dirija!”.
O médico ainda destaca que o foco dever ser na saúde e que o consumo elevado de qualquer bebida alcoólica, inclusive o vinho, pode levar ao alcoolismo, doenças psiquiátricas, doenças graves do fígado e câncer do aparelho digestivo. “Não existe quantidade segura para a saúde no consumo de bebidas alcoólicas, independentemente do tipo ou qualidade”, conclui.
Da Redação
TOLEDO