Ler para mudar o mundo

2

Televisão não é uma coisa muito nobre e eu não gosto dela, confesso, mas excepcionalmente, vemos alguma coisa que se aproveite por lá. Não é muito comum vermos publicidade honesta, mas vi uma que me agradou, há algum tempo, na TV aberta, se não me engano: “Leia para uma criança, isso muda o mundo.” Pois então não é verdade? E nunca foi tão preciso mudar o mundo como agora.

Numa outra crônica para o Dia da Criança, eu conclamava os pais, avós, tios, padrinhos e madrinhas, a darem livros de presentes para suas crianças, além do brinquedo. E que lessem para aquelas que ainda não sabem ler, pois é só assim, colocando os livros nas mãos e diante dos olhos das crianças desde a mais tenra idade, que podemos ajudar a incutir o gosto pela leitura.

Então vejo essa publicidade na televisão e não posso deixar enaltecê-la. Ler para as nossas crianças pode mudar o mundo, sim, pois se elas crescerem com livros a sua volta, será mais muito mais fácil para elas estudarem. E se forem bons estudantes, terão melhor qualificação para o mercado de trabalho e, consequentemente, terão um padrão de vida melhor. E se tivermos, no futuro, mais pessoas esclarecidas, com boa educação, muita cultura, nossos governantes, empresários, etc. serão melhores do que os que temos hoje, o que pode significar que teremos países melhores, políticos melhores, quem sabe, um mundo melhor, uma vida melhor.

De maneira que aproveito para convidar a todos que passem a ler mais para suas crianças. Pode ser a fábula, daquelas que conhecemos há várias gerações, pode ser gibi, pode ser a nossa boa literatura infanto-juvenil brasileira. Mas leiam, leiam muito, leiam sempre. Isso aproxima a família e melhora o desenvolvimento da criança. Ter o hábito da leitura é descobrir o mundo. Se soubermos ler bons livros, saberemos ler o mundo.  E, como já disse Affonso Romano de Santana, saber ler o mundo é primordial para cada um de nós e para o resto do mundo.

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor