Prevenção e tratamento: teste molecular e radioterapia no combate ao câncer do colo do útero

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Durante o Outubro Rosa, além da conscientização sobre o câncer de mama, também é reforçada a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer do colo do útero – o terceiro mais incidente entre mulheres no Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados cerca de 17 mil novos casos anuais no triênio 2023-2025.

O tumor se desenvolve a partir de infecção persistente pelo HPV (papilomavírus humano), especialmente pelos subtipos 16 e 18. “Na maioria das vezes, o sistema imunológico elimina o vírus, mas em alguns casos a infecção persiste e pode evoluir para câncer invasivo se não for detectada e tratada precocemente”, explica a médica rádio-oncologista Luana Guerreiro, do Oncoville, clínica de radioterapia.

As novas Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer de Colo do Útero, do INCA, recomendam o uso de testes moleculares de DNA do HPV, atualmente em processo de distribuição pelo Ministério da Saúde, inclusive para o Paraná.

Os fatores de risco incluem início precoce da vida sexual, múltiplos parceiros, relações sem proteção, tabagismo, uso prolongado de anticoncepcionais orais e baixa adesão ao rastreamento. Já a prevenção envolve a vacina contra o HPV, exames regulares como o Papanicolau e o teste molecular, uso de preservativo e abandono do tabagismo.

Radioterapia

O tratamento é realizado pelas modalidades de Teleterapia ou Teleterapia com Braquiterapia associada. A Braquiterapia é um procedimento onde aplicadores específicos são introduzidos via vaginal para conduzir fontes radioativas à região a ser tratada no colo do útero. Os aplicadores impedem que haja qualquer contato físico da fonte radioativa em si com a paciente e que apenas a radiação proveniente dela entregue a dose prescrita à região-alvo. “Normalmente são necessárias quatro aplicações e cada uma delas tem em média duas horas de duração, explica o físico médico do Oncoville, Paulo Cesar Dias Petchevist.

Outra técnica muito utilizada é a Teleterapia, que consiste no emprego de feixes modulados de raios X à região-alvo, com a finalidade de entregar a dose prescrita ao colo uterino e preservar os órgãos de risco vizinhos a ele, como bexiga, reto, intestino, sigmoide e fêmures. A irradiação é feita de maneira indolor em 25 a 30 aplicações diárias com duração média de 15 minutos cada.

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