Hospital Bom Jesus atinge mais de 81% na conversão de captação de órgãos

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A Hoesp/Hospital Bom Jesus é considerada uma referência no Estado quando o assunto é a taxa de aceitação no processo de doação de órgão. No primeiro semestre deste ano, a taxa foi de conversão de captação de órgãos foi de aproximadamente 81% de aceitação. O sim das famílias que mesmo em um momento de dor optam em aceitar a captação e ajudar a salvar outras vidas.

Os dados computados pela Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT). A Comissão também é responsável por todo o processo que envolve desde o acompanhamento do diagnóstico de morte encefálica, a abordagem a família, da captação e do encaminhamento dos órgãos para Central do Estado.

“Finalizamos junho com mais uma captação”, cita o enfermeiro coordenador da CIHDOTT, Itamar Weiwanko. “No último dia do mês foi feita uma captação às 23 horas a captação de dois rins. De janeiro a junho de 2025, na Hoesp/Hospital Bom Jesus foram realizados 11 protocolos, destes resultaram em nove doações, ou seja, nove famílias aceitaram”.

O trabalho que a Hoesp realiza no Paraná e no país é referência com números significativos e atuação de excelência no processo de diagnóstico de morte encefálica, manutenção do potencial doador e quesito de abordagem das famílias. Quem tem o poder de decisão é a família, pois se ela não autorizar não acontece a doação.

DADOS DE ACEITAÇÃO – O balanço do ano passado, aponta que foram realizadas 30 entrevistas; do total, 28 famílias autorizaram a doação de órgãos. Em 2024, a taxa de conversão (famílias que autorizam a doação de órgãos foi de 93%, enquanto que no ano de 2023 foi de 90%. Os dados apurados pela CIHDOTT – que envolvem o período de 2015 até 2024 – apontam que a taxa geral de conversão é de 94,2%. Os anos de 2016 e 2021 marcaram a história do Hospital Bom Jesus ao atingir os 100% de conversão.

ATUAÇÃO DA CIHDOTT – Segundo Weiwanko, entre as justificativas para tais índices envolve o acolhimento das famílias, a humanização hospitalar, a equipe profissional, a capacitação técnica. Ele explica que diversos profissionais do Hospital Bom Jesus fazem parte do complexo processo e que toda a equipe atua com maestrina dentro dos princípios profissionais, capacidade técnica, ética e humanização.

A CIHDOTT do Hospital Bom Jesus é composta por uma equipe multidisciplinar que executa com empenho e dedicação todas as etapas que envolvem a doação e a captação de órgãos. Essa equipe de profissionais está em constante capacitação – se atualizando anualmente nas questões do processo com base no protocolo que é instituído pelo Sistema Nacional de Transplantes e focamos na aplicação das diretrizes e normativas impostas por essas legislações – para que cada vez mais possam executar tal missão com maestria.

DIAGNÓSTICO – Somente após diagnóstico de morte encefálica é que as doações de órgãos acontecem. Esse diagnóstico envolve uma condição irreversível do quadro de saúde do paciente – em que ocorre a constatação do óbito após vários exames que comprovam essa condição. Após a conclusão desse diagnóstico a CIHDOTT acolhe os familiares e explica sobre o processo.

AUMENTO FILA DE ESPERA – A espera pode ser demorada e dolorosa. É contínuo o aumento de pessoas que precisam de um órgão. Uma iniciativa que pode contribuir com as taxas de aceite de doação de órgãos é conversar com os familiares sobre o assunto.

“É preocupante o aumento da fila de espera por órgão”, alerta Weiwanko. “Ela é cada vez mais crescente. São quase quatro mil pessoas nessa fila”, comenta ao pontuar que é importante que ocorra a divulgação da relevância desse ato de solidariedade.

Da Redação

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