Eduardo Klaue

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Não compreendeu o texto abaixo? Então só reflita sobre ele. 

Toda a busca pelo conhecimento, se depara com mistérios, e mistérios enriquecem a alma, fortalecem o espírito, libertam a mente, e nos levam a outros mundos…“Chegara o dia em que Aleph estava preparado para receber o “Anel de Pedra Branca”, e com ele, tornar-se guardião de novas e importantes revelações. O anel forjado em ouro e prata, continha uma inscrição feita especialmente para ele, e que lhe acompanharia pelo resto de sua vida. A pedra preciosa que o adornava, seria substituída por outra, a cada etapa de sua caminhada, de acordo com seus méritos e suas conquistas.

Durante os últimos anos, Aleph aprendeu e exercitou as formas corretas, antigas e mais impressionantes de conhecimentos existentes nos quatro cantos do mundo. Conheceu pessoas de aparência simples e discretas, mas de sabedoria, riqueza, influência, poder e senso de justiça jamais imaginados. 

Descobriu que agradecer a Deus tinha efeito muito maior do que pedir. Que o futuro era apenas a colheita do passado. Que cada homem levava gravado em si o resultado de suas atitudes, e que por mais que tentasse disfarçar, poderiam ser vistas a léguas de distância, bem antes de entrar no seu portal de merecimento.

Entendeu o motivo pelo qual, portas lhe foram fechadas, e outras maiores abertas logo a frente. Descobriu porque muitos que estavam no alto, caíram por terra sem qualquer explicação, e outros emergiram do pó até o pico da montanha levando consigo seus méritos. Compreendeu e aprendeu a sentir de muito longe o poder do círculo e o segredo da espada para desfazê-lo quando usado para fins destrutivos.

Aprendeu com pessoas simples, que a sociedade se comporta como roupas em um armário, do qual muitas vezes é preciso que tudo seja jogado ao chão para depois ser plenamente arrumado, por isto, o que a uma primeira vista pode ser considerado como descontrole e desordem, pode apenas estar sendo uma etapa importante para a implantação da ordem original. Aprendeu também com elas, que para identificar a tiririca em um belo gramado, é só cortar a grama bem “ralinha”, e esperar por alguns dias.

Meses se seguiram com intensos treinamentos para que Aleph pudesse absorver com pleno controle, o uso primordial do “poder do verbo”, que agora possuía com abundância. Muitos testes foram feitos sem que ele percebesse ou pudesse imaginar. Ele precisava ter pleno controle de sua forma de pronunciar as palavras. Precisava entender e falar a linguagem das crianças com as crianças, dos velhos com os velhos, dos injustiçados com os injustiçados, dos incultos com os incultos, dos doutores com os doutores, dos humildes com os humildes, dos poderosos com os poderosos, dos cientistas com os cientistas, dos felizes com os felizes, dos tristes com os tristes e assim por diante, falar sempre a linguagem que cada um pudesse entender. Assim, um dia dominaria o “verbo oculto” que pode conversar amistosamente com os de cima, com os de baixo, com os de dentro e com os de fora. Com os que são e com os que não são.

 Precisou aceitar o fato de que muitas pessoas ficariam decepcionadas por não ouvirem de sua boca as palavras que buscavam, as revelações que acreditavam ter direito de receber, ou apenas sanar alguma curiosidade a seu respeito. Era seu dever, falar com cada um, apenas sobre o assunto para qual estavam preparados no momento, nada mais, nada menos.

 Antes de ir embora, Aleph foi chamado a uma sala para conversar com algumas pessoas que nunca havia visto antes. Elas lhe mostraram alguns exemplos de outros, antes dele, que foram seduzidos pelo poder dos conhecimentos que adquiriram e se perderam para sempre nos labirintos do lado escuro da vida.

 Foi exigido dele, rigor nas atividades físicas, nas orações diárias, nos exercícios de leitura, na oratória, na ajuda ao próximo, no cultivo das boas amizades, na retidão de seus atos, no controle da mente, no cumprimento de suas obrigações, no zelo por sua saúde financeira e principalmente, na união e solidificação da família e da sociedade.

E lá se foi Aleph, não igual ao que entrou, mas muito melhor na sua concepção. Já não era só, e estava na hora de buscar os iguais a ele, pois já sabia onde estava alojada a influência do mal que luta por se instalar no interior das pessoas.

Lá dentro, aquele que era maior que os outros disse: – É chegada a hora, precisamos cumprir o que é de nossa obrigação, a paz da mente e do coração precisam ser reconquistadas, então vão…Pois já sabemos como fazer isto.”          

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