A Nova Ferroeste

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Na próxima semana, em Toledo, haverá uma reunião para apresentar o potencial e as perspectivas sobre o terminal que deverá ser construído na cidade dentro do projeto de implantação da Nova Ferroeste que, segundo especialistas que acompanham o projeto desde o início, promete transformar a questão logística do país e não apenas desta microrregião do Paraná. Neste encontro também serão apresentados dados sobre o atual estágio do projeto, uma reivindicação antiga e que, quando chegar, chegará com muitos anos de atraso. Aliás, como quase tudo no que se refere à questão do transporte de cargas num país acostumado a ter como principal modal o transporte rodoviário que, sim, é de extrema importância por tudo que o cerca, entretanto, não pode ser o principal e sim um complemento dentro de outras opções bem mais baratas e com sucesso comprovado mundo afora.

Basta observar a quantidade de rodovias – estaduais e federais – interditadas neste início de ano. Seja uma interdição completa ou parcial, fato é que isso não apenas atrasa viagens, mas aumenta o custo de transporte num país onde já não é barato fazer qualquer coisa. Mas quando o assunto é transporte, em especial de cargas, qualquer centavo se transforma em uma economia fundamental, afinal, tudo é em larga escala. Hoje transportar no Brasil é caro, em geral demorado, burocrático, arrastado por demais.

A Nova Ferroeste, quando estiver concluída, representará a entrada do Paraná num novo ciclo de desenvolvimento, desde que os projetos complementares sejam igualmente consolidados. De nada adianta existir uma malha ferroviária sendo imaginada sem que haja, por exemplo, projetos de portos secos espalhados por seu trajeto em pontos estratégicos. Neste sentido imaginar Toledo fora do circuito é quase impossível por toda importância econômica e o potencial industrial instalado na cidade e em seu entorno.

A reunião da próxima semana, evidente, é mais um capítulo político de um projeto que precisa ser levado adiante com o olhar técnico que tanto faltou em outras oportunidades quando se fala em obra pública. Basta observar as rodovias e seus traçados tão atrasados quanto a necessidade de se buscarem alternativas mais adequadas ao momento pelo qual o mundo passa.

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