Problemas inundados – parte 1

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A chuva torrencial que chegou a Toledo no final da tarde de terça-feira (16) mostrou o quanto a cidade precisa avançar em vários pontos se realmente quiser se manter entre as de destaque quando se trata de qualidade de vida. São dois os aspectos mais visíveis dessa realidade que a chuva tratou de escancarar: as áreas de alagamento espalhadas por vários pontos da cidade e o trânsito caótico em determinadas vias. Em ambos a mesma essência: a falta de planejamento urbano.

Hoje a ideia é abordar as áreas de alagamento, as quais não chegam a ser novidade, pois aconteceram em locais onde sabidamente qualquer chuva mais intensa já provoca estragos. Quando é uma que chega com tamanha intensidade em tão pouco tempo…Aí é confusão na certa.

Evidente que a sociedade também tem sua parte de culpa quando não deposita seu lixo no local correto e isso vai parar nas entradas das ‘bocas de lobo’ ou então não amplia ou pelo menos mantém áreas permeáveis em suas residências ou locais de trabalho. Quando uma pessoa coloca calçada em quase todo o terreno onde mora, de certa forma, contribui para o aumento de água nas ruas.

Existe ainda a ganância de incorporadoras, quando executam seus loteamentos e não deixam uma estrutura compatível com a necessidade de escoamento da água fluvial. Isso quando existe uma rede de verdade e não apenas as ‘bocas de lobo’ que levam a lugar algum e conectam com absolutamente nada.

Aí entra o poder público e a falha na fiscalização que libera loteamentos construídos de uma forma irresponsável, penalizando aqueles que agem de maneira correta e executam tudo que é previsto em lei. Além disso, cabe ao poder público estruturar as áreas urbanas de forma a suportarem uma carga mínima de chuva. Há exceções, mas não parece ter sido o caso de terça-feira.

A Avenida Roberto Fachini, no Jardim Coopagro, talvez seja o exemplo mais claro do quanto esse conjunto de omissão resulta nas cenas de inundação plena que a reportagem do JORNAL DO OESTE constatou in loco após receber várias reclamações ao longo dos últimos anos.

E o que dizer do trânsito? Isso fica para amanhã.

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