Mauro Picini Sociedade + Saúde 18/01/2023

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Estágio de férias da Prati-Donaduzzi possibilita ampliar conhecimento sobre a indústria farmacêutica

Para a maioria dos acadêmicos, o início de ano é período de férias da faculdade. Mas não para os 45 alunos dos cursos superiores de Farmácia, Engenharia Química, Engenharia de Bioprocessos e Química. Eles foram selecionados para participar do Programa de Férias que a Prati-Donaduzzi realiza anualmente, nos meses de janeiro e fevereiro, e pelo qual já passaram mais de 500 graduandos. Buscando desenvolver novas habilidades profissionais, os estudantes podem ampliar seus conhecimentos, acompanhar a rotina da indústria, bem como adquirir novas experiências nesse universo repleto de tecnologia e inovação.
O programa oferece duas modalidades, o estágio extracurricular com treinamentos, job rotation e networking, e o curricular que permite ao estagiário o contato com processos e atividades nos diferentes setores da empresa. Além disso, os participantes contam com bolsa auxílio durante o período em que estiverem participando do projeto. Na edição deste ano, houve um total de 261 inscritos de diversas regiões do país.
“Os futuros profissionais têm contato com os processos nos diferentes setores, onde as atribuições práticas evidenciam e potencializam o crescimento profissional dos estagiários. Ao decorrer dos encontros eles aprendem mais sobre a indústria e conhecem as aéreas de atuação”, explica a analista e gestora do programa, Alyne Blasio de Carvalho.
Amanda Pionoski é estudante do curso de Farmácia da Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro) de Guarapuava, ela conta que sempre sonhou em atuar na indústria farmacêutica. “É uma experiência muito enriquecedora. Estou feliz desde o primeiro momento em que entrei aqui. Na faculdade acabamos não tendo contato direto com esse segmento, mas a Prati-Donaduzzi proporciona essa experiência. A empresa acredita no nosso futuro e contribui para o nosso desenvolvimento pessoal e profissional”, destaca.
Para o Renato Radoski, acadêmico do curso de Farmácia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), essa é a oportunidade de se aventurar e aprender mais sobre o universo farmacêutico. “É um misto de sentimentos. Desde quando abre o processo seletivo, participar das etapas, gravar o vídeo e depois ser aprovado. Eu pretendo conhecer e observar cada setor, e depois trabalhar na área que mais me identifico”, revela.

SOBRE A PRATI-DONADUZZI – A Prati-Donaduzzi, indústria farmacêutica 100% nacional, é especializada no desenvolvimento e produção de medicamentos. Com sede em Toledo, Oeste do Paraná, produz aproximadamente 13 bilhões de doses terapêuticas por ano e gera mais de 4,8 mil empregos. A indústria possui um dos maiores portfólios de medicamentos genéricos do Brasil e desde 2019 vem atuando na área de Prescrição Médica, sendo a primeira farmacêutica a produzir e comercializar o Canabidiol no Brasil.

Como a gravidez pode ser afetada pelo uso de protetor solar

A exposição solar é importante em todas as fases da vida, até porque o sol é a principal fonte de vitamina D – 80% da formação dessa vitamina provém dos raios solares, principalmente do tipo B (UVB), que ativam a síntese da substância em nosso organismo.
Na gravidez, não é diferente. Segundo um estudo da Universidade de Edimburgo, gestantes que receberam mais luz solar no primeiro trimestre da gravidez diminuíram as chances de desenvolver problemas com a placenta, associados ao parto prematuro e ao aborto espontâneo. Mulheres que não tinham esse hábito apresentaram 10% a mais de probabilidade de ter esses riscos.
Entretanto, tão importante como a exposição solar é a forma de se proteger contra seus danos. Um deles é evitar tomar sol entre 10h e 16h, quando a radiação é mais intensa.

Proteção solar exige cautela – Usar o protetor solar é essencial, pois ameniza problemas de pele relacionados à gravidez, como o melasma, condição hormonal durante a gestação que causa manchas escuras na pele (também chamado de cloasma gravídico). O ideal para as grávidas são as loções de amplo espectro, que atuam contra os raios UVA e UVB. Também precisam ter fator de proteção solar (FPS) entre 30 e 50.
“No entanto, a orientação quanto ao uso do protetor solar é imprescindível, já que muitos produtos são contraindicados na gestação”, afirma Carlos Moraes, ginecologista e obstetra pela Santa Casa/SP, Membro da FEBRASGO e Especialista em Perinatologia pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein, e em Infertilidade e Ultrassom em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO, e médico nos hospitais Albert Einstein, São Luiz e Pro Matre.
O especialista aconselha o uso do filtro solar físico ou mineral, composto por moléculas utilizadas em sua composição, geralmente o óxido de zinco e o dióxido de titânio. Além de ser hipoalergênico, ele cria uma barreira na pele, que reflete os raios ultravioleta, impedindo sua absorção pela pele.
Já o filtro solar químico, mais popular entre os protetores solares, possui substâncias químicas que absorvem os raios solares e penetram na epiderme, podendo afetar a gravidez.

Quais os riscos dos protetores químicos – Segundo o estudo The Skin in Pregnancy, publicado este ano no Journal of Cutaneous Medicine and Surgery: Incorporating Medical and Surgical Dermatology; e o estudo Safety of skin care products during pregnancy, publicado no Journal Canadian Family Physician; quase 3/4 de todos os protetores solares não devem ser aplicados pelas gestantes por terem os seguintes componentes:

Oxibenzona – Presente na maioria dos protetores solares químicos, a oxibenzona, combinada a outros componentes químicos, é absorvida pela pele, caindo na corrente sanguínea. A partir daí, a substância pode gerar graves reações alérgicas e prejudicar a produção hormonal, além de estar associada ao baixo peso no nascimento de bebês do sexo feminino.

Retinol – Um dos derivados do ácido retinóico, o retinol é uma molécula química presente em vários produtos dermatológicos, incluindo cremes antirrugas e protetor solar. Nas embalagens do protetor solar, o retinol costuma ser mencionado como palmitato de retinil (também chamado de acetato de retinil) e linoleato de retinil.
Por serem classificados como teratógenos, os produtos não devem ser usados na gestação. “São substâncias que podem gerar defeitos congênitos em um embrião ou feto, por meio de efeitos tóxicos, causando a má formação de um bebê em desenvolvimento. Além disso, produtos à base de retinóides são fotossensibilizantes e antagonistas ao sol, provocando hiperpigmentação na pele e queimaduras”, reforça Carlos Moraes.

Ureia – De acordo com a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), produtos solares com ureia devem ser evitados durante o período gestacional, principalmente em concentrações superiores a 3%. O principal risco da ureia na gestação é acarretar a má formação do feto. Para saber se um produto contém essa substância, procure por termos como diazolidinil urea e imidazodinil urea.

Cânfora – Também presente em alguns filtros solares, a cânfora pode imitar o hormônio estrogênio e, em grande concentração, pode aumentar o risco de aborto. Além disso, a substância pode atravessar a placenta e comprometer o desenvolvimento do bebê. Assim como a ureia, a cânfora também é contraindicada pela ANVISA durante a gravidez. Por isso, evite produtos que contenham 4-metilbenzilideno cânfora (4-MBC) e 3-benzilideno cânfora (3-BC) entre seus componentes.

Perigos no aleitamento – Segundo um estudo realizado pela Universidade de Zurique e publicado na revista da Sociedade Brasileira de Dermatologia; substâncias presentes em alguns tipos de protetores solares são absorvidas pelo organismo e excretadas no leite materno. A taxa de contaminação das lactantes não foi pequena: 85,2% das amostras de leite materno tinham algum resquício de protetor solar.
De acordo com o estudo, três substâncias são particularmente problemáticas: 4-metilbenzilideno cânfora (4-MBC), 3-benzilideno cânfora (3-BC) e octocrileno (OC), também chamadas de poluentes orgânicos persistentes (POPs), que podem permanecer acumulados nos tecidos gordurosos.
Presentes em cerca de 30% dos protetores comercializados no Brasil, estas substâncias expõem bebês a composições químicas com potencial tóxico, comprometendo cérebro, órgãos sexuais, pulmões e inúmeras glândulas que estão em formação.
“Ainda que os riscos não sejam iguais para todas as gestantes, não vale a pena arriscar. Em uma gestação de alto risco, por exemplo, qualquer fator externo minimamente prejudicial pode agravar o quadro da gravidez. Portanto, antes de curtir o verão e as férias, consulte o médico e peça orientações sobre o protetor solar ideal para você”, alerta Carlos Moraes.

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