Dezembro Vermelho: campanha marca a luta contra a AIDS

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Nesta sexta-feira (1º) é celebrado o Dia Mundial da Luta Contra AIDS. Já se passaram 43 anos dessa pandemia. A doença não deixou de existir. Os setores da saúde alertam que o número de diagnósticos aumenta diariamente e tem envolvidos diversas faixas etárias. Durante todo o mês são desenvolvidas campanhas de conscientização e diagnóstico precoce.

A ciência e a medicina mantém as pesquisas em relação a doença, as formas de tratamento evoluíram. Entretanto ainda não foi possível encontrar uma cura definitiva, tampouco uma vacina, mas descobriu meios de dar mais qualidade de vida aos pacientes. Os avanços foram significativos, contudo, não derrubaram o preconceito, além disso, ainda é preciso reforçar sobre a importância dos cuidados e prevenção.

O Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA/SAE) do Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná (Ciscopar) é o serviço de referência no atendimento dos agravos de infectologia – HIV/AIDS, tuberculose droga resistente, hepatites virias B e C, hanseníase, Infecções Sexualmente Transmissíveis e outras doenças infectocontagiosas – para os 18 municípios de abrangência da 20ª Regional de Saúde de Toledo. Com uma equipe ampla e versátil, o Centro permite que os pacientes tenham mais qualidade de vida.

“Atualmente, no CTA/SAE temos 1.222 pacientes cadastrados, sendo que 614 tem o município de Toledo como residência”, aponta a coordenadora do CTA/SAE, Jéssica Leonita Sartor. “É crescente o número de novos pacientes que chegam ao serviço”, lamenta a profissional.

Dados do setor apontam que, no ano de 2021, foram 135 novos pacientes para acompanhamento (122 destes, novos diagnósticos). Já no ano passado o CTA/SAE registrou 156 novos pacientes para acompanhamento (106 destes, novos diagnósticos). Neste ano, de janeiro até o dia 30 de novembro, foram 127 novos diagnósticos – somados a 18 pacientes recebidos de outras localidades –  totalizando 145 pacientes que iniciaram acompanhamento no CTA/SAE em 2023.

AUMENTO DE DIAGNÓSTICOS POSITIVOS – “O número de novos casos traz claramente a preocupação com este agravo na nossa região. É sabido que grande parte da população ainda desconhece todas as diversas formas de prevenção que vão além do uso de preservativo, como a PEP e a PREP, fazendo com que as pessoas estejam muito expostas ao contato com o vírus”, analisa.

A coordenadora do CTA/SAE também acrescenta que o aumento dos casos também se deve a retomada, pós pandemia, da oferta ampliada de testagem rápida na Atenção Primária em Saúde. Ela esclarece que esse atendimento é a porta de entrada dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Como o próprio Ministério da Saúde afirma: ‘para cada pessoa que recebe o diagnóstico de HIV, existem outras três pessoas que também vivem com o vírus mas ainda não sabem’; então o número é muito maior do que estes apresentados”, alerta.

ACEITAÇÃO X PRECONCEITO – O processo não é simples para todos: receber o diagnóstico; aceitar; fazer o tratamento; seguir a vida, mas ter qualidade de vida. Quem convive com a doença passa por todos os ciclos e precisa de uma rede de apoio para não desistir e não fraquejar. Essa rede envolve o suporte clínico, psicológico e familiar. Os serviços de saúde se empenham em desenvolver ações para conscientização, porém ainda é preciso avançar mais.

“É necessário que cada pessoa tenha consciência da importância do cuidado, da prevenção e de buscar conhecer a sua sorologia, e que possam fazer a sua gestão de saúde, utilizando das diversas medidas de prevenção que estão disponíveis no SUS. A prevenção combinada é o nosso aliado no enfrentamento do HIV”, reforça Jéssica.

Da Redação

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