Teste do pezinho: data reforça a importância do rastreamento

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Poucas gostas de sangue coletadas do calcanhar de um recém-nascido são utilizadas em um dos exames mais importantes para aquele bebê. O teste do pezinho é um exame obrigatório, preventivo, cujo objetivo principal é detectar distúrbios do metabolismo que podem não causar sintomas nos primeiros dias de vida, mas algumas delas, quando não são diagnosticadas e tratadas de forma precoce, podem ocasionar deficiência intelectual e, em casos mais graves, levar ao óbito.

Neste dia 6 de junho é comemorado o Dia Nacional do Teste do Pezinho, data criada pelo Programa Nacional de Triagem Neonatal com o objetivo de conscientizar o público e os profissionais de saúde sobre a relevância do Teste do Pezinho, que no Brasil, é fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todas as suas unidades.

“O teste do pezinho é realizado para identificar rapidamente doenças que não são descobertas no período neonatal, devido à proteção desempenhada pela placenta e por outros fatores. Muitas dessas doenças, se não forem tratadas de forma precoce, causam sérios danos à saúde, inclusive retardo mental grave e irreversível”, explica a médica pediatra Priscilla Locatel.

AMPLIAR – Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de tratamento e qualidade de vida para a criança. A Lei nº 14.154 amplia para 50 o número de doenças rastreadas pelo Teste do Pezinho oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Até 2026, o objetivo é implementar a obrigatoriedade de uma versão ampliada desse exame, capaz de identificar até 50 doenças, trazendo avanços significativos para a saúde infantil no país.

“A cobertura do teste do pezinho ainda é desigual em diferentes estados e municípios do Brasil, com variações na oferta de testes e na quantidade de doenças rastreadas, mesmo sendo um teste obrigatório em todos os recém-nascidos, menos de 90% realizam o teste”, pondera a médica.

Ela lembra que o período preconizado pelo Ministério da Saúde para a coleta do teste do pezinho é 48 horas após o nascimento até o 5º dia de vida do recém-nascido. “A coleta do teste ocorre nos pontos da rede de Atenção Básica de Saúde e algumas maternidades. O Paraná é o único Estado que faz a coleta de sangue para o Teste do Pezinho ainda na maternidade, o que agiliza o diagnóstico para as doenças”, complementa.

RASTREAMENTO – O teste do pezinho é útil para identificar diversas doenças, sendo as principais: Fenilcetonúria, ⁠Hipotireoidismo Congênito, ⁠Deficiência de Biotinidase, ⁠Fibrose Cística, ⁠Hemoglobinopatias, ⁠Hiperplasia adrenal congênita, ⁠Toxoplasmose Congênita, ⁠Deficiência de G6PD, Galactosemia, Imunodeficiência combinada grave (SCID), Agamaglobulinemia. “O teste do pezinho sendo realizado no período adequado, pode identificar distúrbios e doenças no recém-nascido em tempo oportuno para intervenção adequada, garantido tratamento e acompanhamento contínuo”.

Da Redação

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