Dengue: Toledo registra 4.397 casos e dois óbitos durante período epidemiológico

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Toledo encerrou o ano epidemiológico com 4.397 casos de dengue e dois óbitos decorrentes da doença. Os dados são referentes ao período de agosto de 2021 a julho de 2022 e foram divulgados na tarde da última quarta-feira (3), pelo setor de Endemias.

O levantamento ainda traz a informação de 56 casos confirmados que foram contaminados em outro município. O boletim da dengue também informa que 12 casos suspeitos ainda estão em análise. As cinco localidades do município com maior número de casos apontados no levantamento foram: Panorama (409), Centro (342), Europa (244), Fachini (237) e Boa Esperança (218).

Para a coordenadora do setor de Endemias de Toledo, Lilian Fátima Konig, esse período epidemiológico foi bem preocupante, principalmente as últimas semanas. “Nas duas últimas semanas nós tivemos uma estiagem e isso ajuda bastante para a nova reprodução da larva. Um mosquito adulto vive em média 35 a 40 dias. Então precisamos continuar com os cuidados”.

Lilian explica que, normalmente a curva epidemiológica de casos tende a baixar nessa época do ano, considerada a mais fria e as notificações voltam a aparecer no período mais quente e chuvoso. Contudo, os ovos do mosquito Aedes aegypti são muito resistentes e sobrevivem até mesmo por um ano em um local seco.

“Por isso precisamos eliminar tudo o que for lixo que tem no fundo dos quintais. Temos avistado bastantes problemas. Continuamos encontrando larvas e temos que continuar com o trabalho de orientar a nossa população e continuar com os agendamento nas casas fechadas. Vamos diminuir o nosso índice de casa fechada que hoje ainda é o nosso principal problema no setor de Endemias”, complementa.

ORIENTAÇÃO – Além das vistorias sistematicamente nos imóveis, o setor de Endemias tem realizado um trabalho educacional no sentido de orientar a população sobre a importância da sua colaboração no processo para eliminar a dengue. “A população tem que entender que o trabalho do agente de Endemias é de orientação e prevenção e jamais a remoção do lixo porque isso é trabalho do morador. Os agentes estão a campo para orientar e fiscalizar e eles têm feito isso o ano todo com muitas ações de bloqueio também”.

A coordenadora do setor de Endemias lamenta que também foi preciso aplicar multas quando a resposta da população, frente as orientações, não foi positiva.

Contudo, ela destaca que também houveram muitas melhorias em várias localidades, principalmente com ações específicas como os pontos itinerantes e o agendamento de visitas nos imóveis fechados. Além disso, a equipe realizou um trabalho educativo nos Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) e escolas da rede públicas e nas instituições privadas como também nas empresas.

NOVO CICLO – A partir de 1º de agosto iniciou um novo ano epidemiológico. Lilian espera que esse período seja mais tranquilo em relação a doença que no último período chegou a sobrecarregar o sistema de saúde. “Quando fazemos o histórico dos últimos anos, vemos que antes não tinham tantos casos em junho por exemplo, como tivemos neste ano e, também percebemos através das entrevistas via telefone depois da notificação que os sintomas foram mais fortes. Isso sobrecarrega o sistema de saúde. O que o setor de Endemias deseja é que a população receba o agente de Endemias e ouça as orientações para não vivermos novamente um período crítico”.

Com o início do novo ano epidemiológico, Lilian enfatiza que novos trabalhos também serão executados pelos agentes de Endemias. “Temos que ver quais são os locais de risco e buscar diagnosticar os problemas identificados pelos agentes. É preciso reforçar a orientação a população de que não deve ficar água parada em lugar nenhum, que os recicladores armazenem os materiais de forma correta e as empresas de pneus também”.

Lilian acrescenta que as equipes também vão intensificar o trabalho em relação as piscinas. “A população adquiri a piscina mas não imagina que vai ter o gasto de manutenção no inverno sem usufruir. Então isso tem que entrar no planejamento para mapear essas situações. Outro trabalho será com as floriculturas sobre os cuidados com os pratinhos de plantas e as plantas aquáticas. São várias ações que as equipe intensificam nesse momento e o setor está à disposição para esclarecer qualquer dúvida que a população possa ter a respeito da dengue e qualquer doença endêmica”, conclui Lilian.

Da Redação

TOLEDO

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