Transfusão de sangue: vida que pulsa nas veias da solidariedade

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Quando a solidariedade corre nas veias, vidas são salvas para aqueles que precisam de uma transfusão de sangue. Cada doação representa não apenas esperança, mas a chance real de continuar escrevendo sua história. Esse gesto, que pode parecer simples para quem doa, é transformador para quem recebe. Por isso, a mobilização constante da sociedade é essencial: manter os estoques abastecidos nos hemocentros é garantir que ninguém fique sem atendimento em um momento crítico. A doação regular e consciente é uma corrente de vida que precisa seguir pulsando.

Em uma conversa com um amigo, a empresária Darlet da Silva Marques percebeu um caroço na região do pescoço, próximo à clavícula. Ao observar em frente ao espelho, percebeu que a saliência era evidente e então procurou acompanhamento médico. Em meio ao processo de investigação em diversos exames, chegou ao diagnóstico de Linfoma de Hodgkin, um câncer do sistema linfático, em meados de 2019.

Após o processo de oito sessões de quimioterapia, os resultados não se apresentaram positivos e observou-se uma mutação nas células. Foi necessário então realizar uma quimioterapia ainda mais forte e a doutora que a acompanhava recomendou realizar um transplante de medula periférica, na qual ficou quatro meses na lista de espera.

O transplante, por sua vez, é realizado por meio de injeções que estimulam a produção de células tronco. Ao longo deste processo, Darlet compartilha o quanto sua saúde ficou fragilizada e com vários sintomas em consequência do tratamento. Em paralelo, foi necessário receber de três a quatro estoques de sangue. Ela relembra que “na época, o estoque de sangue estava baixo, faltava para outras pessoas também. Há épocas em que as pessoas não doam tanto e os hospitais precisam muito”.

“Lembro que publiquei algo nas redes sociais para o pessoal se conscientizar da doação de sangue. Inclusive, teve um dia em que demorou bastante para trazerem as doações, mesmo estando dentro da programação. Foi necessário que mais pessoas fossem convocadas para doação, então entraram em contato para chamar mais pessoas”, recorda Darlet.

Além das doações anônimas, o suporte do marido e dos familiares foi importante para enfrentar estes momentos, bem como acompanhamento psicológico. Afinal, foi necessário também enfrentar desafios relacionados com a autoestima, com a própria imagem, diante da queda de cabelos e pelo abalo emocional. Após todo o tratamento, foi necessário aproximadamente um ano para que sua vida voltasse ao normal. Hoje, encontra-se em remissão e acompanhamento.

Diante de todos os tratamentos, suportes e acompanhamentos médicos em que Darlet recebeu, os reconhece e se sente grata. Também ressalta sua gratidão aos anônimos doadores e incentiva que mais pessoas realizem este gesto altruísta. “Acredito que o ato mais lindo de generosidade é doar a si mesmo de umas das formas mais valiosas que existem, através da doação de sangue, medula ou órgãos. Nossa essência neste mundo é perpetuar a vida, faça parte dessa corrente. Minha vida permanece graças a essa atitude inestimável. É algo que não tenho palavras ou maneira de agradecer”, conclui.

Da redação

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