Treinamento mostra técnicas para salvamento em combate

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Policiais civis da 20ª Subdivisão de Toledo, Guardas Municipais, agentes do Departamento Penitenciário (Depen) e membros da Polícia Federal, passaram por treinamento de capacitação que apresentou técnicas de salvamento de feridos em combate. Realizado no auditório do Sindicato Rural Patronal de Toledo, o treinamento apresentou procedimentos seguros que são cruciais em situações-limite de determinadas ocorrências.

O curso Atendimento Pré-hospitalar em Combate (APH) foi realizado em Toledo por uma iniciativa da 20ª SDP. O delegado-chefe, Alexandre Macorin, informou que este é um tipo de conhecimento essencial aos profissionais que atuam na segurança pública. “Temos vários exemplos, até dentro da própria Polícia Civil, com policiais feridos em combate que foram salvos por pessoas com este treinamento. Por isso, é um evento da maior importância capacitar nossos policiais neste sentido”, comentou.

Uma das técnicas abordadas no treinamento é uso do torniquete. Muitas pessoas já ouviram falar ou assistiram ao uso deste instrumento nos filmes de guerra. Trata-se de um dispositivo que tem por objetivo estancar hemorragias de uma pessoa que foi baleada ou sofreu um acidente de grandes proporções, por exemplo.

Por meio da Escola Superior de Polícia Civil do Paraná, o curso foi ministrado pelo investigador de Polícia, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Gilson Acosta. De acordo com ele, é fundamental um tipo de treinamento como esse que tem o intuito de preservar vidas no caso de um incidente com arma de fogo ou outra situação em ocorrência policial até que se possa conduzir o policial ou um terceiro a hospital de referência para que o médico finalize o atendimento. “É um treinamento preventivo que prepara os operadores em caso de necessidade. Costumamos falar que é como um seguro de carro: o ideal é nunca usar, mas é essencial que se tenha conhecimento”, salienta.

Para se ter uma ideia da relevância desta capacitação, quando alguém se depara com grandes hemorragias, o tempo é de um a três minutos para que o ferido fique inconsciente, e de três a cinco minutos ele pode ir a óbito. “São números que não ‘fecham’ se dependermos do deslocamento até um centro médico ou aguardar o suporte especializado. Falando num controle da hemorragia de extremidade de membros bem feito, passamos a ter um tempo de segurança de até duas horas. Pensando num centro urbano, é mais do que tempo para o atendimento médico”, destaca Acosta.

Nesta capacitação continuada, o delegado Macorin informou ainda que 45 policiais participaram do evento, mas que outro grupo de profissionais das forças de segurança serão atendidos devido à necessidade deste conhecimento. “Nossa visão é que o policial tem dedicação exclusiva e que jamais pode se eximir de atuar em situações de perigo. Essa é uma situação para a qual o policial precisa estar capacitado. Não adianta querer salvar a vida de uma pessoa ou de um colega fazendo o procedimento de forma inadequada. Por isso, vamos oferecer o treinamento também aos demais colegas que ficaram cuidando dos plantões em não puderam estar aqui neste momento”, frisa. Ao concluir, Macorin agradeceu aos instrutores, investigador Gilson Acosta e escrivã Adriane Blanski, que vieram de Curitiba, e ao Sindicato Rural de Toledo por ceder suas instalações para o treinamento.

Paulo Weber Junior

TOLEDO

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