Três colégios no NRE começam o ano letivo no modelo cívico-militar

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Após nova consulta pública realizada em escolas do Paraná, sobre a adesão ao modelo cívico-militar, três colégios estaduais do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Toledo vão começar o ano letivo de 2024 no novo sistema. A pesquisa encerrou em dezembro de 2023 e, de acordo com a Secretaria da Educação, 23 instituições confirmaram a opção.

Com esse novo resultado de dezembro e as votações ocorridas em novembro, com 83 adesões, além dos 194 colégios que já funcionavam nesta modalidade e os 12 do modelo do programa nacional que serão incorporados, serão 312 nesta modalidade em 2024 em todo o Paraná.

O chefe do Núcleo Regional de Educação de Toledo (NRE) José Carlos Guimarães, comenta que na pesquisa realizada em novembro foi determinado que o Colégio Estadual Luiz Augusto Morais Rego irá adotar o modelo. Com o novo levantamento feito em dezembro, outras duas instituições completam o quadro: Colégio Estadual João Arnaldo Ritt, no distrito de Vila Nova e a Escola Estadual Graciliano Ramos, em Santa Helena.

O Núcleo Regional de Educação de Toledo já contava com oito colégios cívico-militares. No município sede, três instituições adotaram o modelo cívico-militar desde 2021: o Colégio Estadual Cívico-Militar Antonio José Reis (Jardim Belo Horizonte, o Colégio Estadual Cívico-Militar Maracanã (Jardim Maracanã) e o Colégio Estadual Cívico-Militar Horizonte (Jardim Coopagro).

“Em 2023 tínhamos oito instituições cívico-militares a nível de Núcleo e agora, com essas novas adesões vamos para 11 instituições. Nós já começamos as mudanças na grade curricular para esses três colégios iniciarem o ano letivo de 2024 dentro do novo modelo. Uma das alterações será feita na carga horária do Ensino Fundamental e Ensino Médio que passará de cinco para seis aulas diárias”, explica Guimarães ao complementar que a partir do dia 22 de janeiro será feita a distribuição das aulas desses colégios. “Todas as alterações devem ser feitas até essa data”.

MUDANÇAS – A adesão ao modelo cívico-militar acontece através de consulta pública realizada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Educação do Paraná (Seed-PR). O pleito é realizado com a participação ativa de professores, funcionários, pais de alunos e estudantes maiores de 16 anos, garantindo a participação democrática na decisão.

Após a adesão ao modelo cívico-militar, o chefe do Núcleo salienta que estudantes ou familiares podem fazer a mudança para um colégio do programa tradicional se não concordarem com o novo modelo adotado na instituição.

“É natural essa movimentação. Os alunos que não quiserem ficar no modelo cívico-militar poderão ser transferidos para outros colégios da rede estadual.  Essa mesma movimentação aconteceu quando implantamos o sistema, contudo, ela foi muito pequena. O que percebemos são muitas famílias interessadas em matricular seus filhos nessas instituições”.

AULAS – O ano letivo está previsto para iniciar no dia 5 de fevereiro e o calendário escolar será o mesmo da Rede Estadual. José Carlos Guimarães enfatiza que esse modelo apresenta muitos resultados positivos.

“Nós percebemos uma procura da comunidade pelos colégios cívico-militares e isso é uma resposta muito positiva ao sistema. Escolas que antes tinham salas ociosss, hoje faltam vagas. Isso é uma mudança muito significativa e reforça que a comunidade quer e aprova o modelo cívico-miliar”.

A educação cívico-militar combina elementos da gestão civil com a presença de profissionais militares da reserva (inativos) na administração e na rotina escolar. Do ponto de vista pedagógico, o chefe do NRE pontua grandes avanços desde a implantação do modelo, em 2021.

“Melhora a aprendizagem dos alunos como mostram os índices da Prova Paraná e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). A evasão também diminuiu e a reprovação também. Então são fatores positivos e importantes. Nós sempre trabalhamos pela educação de qualidade”, finaliza.

Da Redação

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