Cartilha ‘Emergências na Pediatria’ leva informações que podem salvar vidas

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O que fazer em uma situação de engasgamento, sufocação ou queimadura em uma criança? Ligar para o Samu ou o Corpo de Bombeiro é um das primeiras ações, contudo, se a pessoa conhecer algumas técnicas de salvamento pode evitar tragédias. Com a pandemia, as crianças tem passado mais tempo em casa e isso reacendeu o sinal de alerta em relação aos cuidados. A cartilha ‘Emergências na Pediatria – Suporte Básico de Vida – O que fazer?’ tem sido um suporte importante.

O material foi produzido por integrantes da Liga Acadêmica de Pediatria (LAP) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), campus Toledo. A publicação ocorreu em 2018, mas a cartilha continua sendo divulgada e disseminada também em PDF, especialmente, neste período de pandemia.

“Na universidade temos alguns grupos de estudos, que são as ligas acadêmicas, as quais envolvem alunos e professores em torno de alguma área do conhecimento. Durante uma das nossas discussões, uma das professoras responsáveis da LAP, doutora Geruza Mara Hendges, médica pediatra, nos contou um caso de uma criança que acabou falecendo ao se engasgar com um pedaço de salsicha. Caso alguém que estivesse por perto no momento tivesse realizado a manobra recomendada, muito provavelmente essa perda poderia ter sido evitada”, conta a acadêmica de Medicina da UFPR de Toledo, Bianca Rojo – uma das idealizadoras da cartilha.

“A ideia veio da nossa professora e em discussão com os alunos e leitura de alguns materiais decidimos os assuntos os quais seriam abordados. A elaboração em si, toda a escrita, escolha de cores, diagramação, foi minha”, cita a acadêmica ao explicar que a revisão do texto ficou por conta de duas pediatras, um professor que não é da área da saúde e da também acadêmica da UFPR, Carolina de Lima Silva, que na época era presidente da Liga. Os ajustes da diagramação, versão final e impressão ficou por conta do Convênio Sempre Vida que apoio a iniciativa.

MATERIAL DE APOIO – A cartilha, segundo Bianca, é um material de apoio, bem simples e objetivo, sobre como fazer uma primeira abordagem em alguns casos de emergências com crianças até que o socorro especializado chegue. Essa abordagem pode ser feita por qualquer pessoa, desde que tenha um conhecimento mínimo, informações que constam na cartilha, e que sejam colocadas em prática até a chegada do socorro ou o encaminhamento até o suporte clínico.

“A cartilha foi lançada em 2018 como um material de apoio para algumas capacitações que a LAP em parceria com a prefeitura em escolas municipais de Toledo, então este foi o objetivo inicial: capacitar os profissionais da educação para o manejo de início de emergências com alunos. Mas ao mesmo tempo, na época, disponibilizamos a cartilha por meio das redes sociais da Liga para que um maior número de pessoas pudesse ter acesso, afinal, o objetivo maior é disseminar conhecimento, porque, um cuidado inicial, por mais simples que pareça, pode evitar um desfecho indesejado”, pontua Bianca.

CONHECIMENTO QUE SALVA VIDAS – A acadêmica comenta que as pessoas costumam ficar assustadas em emergências, porém, saber como agir nesses casos é de extrema importância, pois isso pode salvar a vida de uma criança. “Mesmo que uma pessoa não tenha uma convivência diária com alguma criança, você nunca sabe quando um acidente pode acontecer próximo de você, por isso, quando mais gente souber, melhor. Crianças pequenas, na fase em que estão descobrindo o mundo ao seu redor, costumam colocar objetos na boca, o que pode fazê-la engasgar-se, ou na cozinha, encostar em um forno quente e isso gerar queimaduras. Essas são situações que podem facilmente acontecer e estão contempladas na cartilha”.

A Liga Acadêmica de Pediatria ainda tem algumas unidades impressas desse material. Conforme Bianca, essas cartilhas estão sendo distribuindo às gestantes durante os atendimentos no Ambulatório Materno Infantil de

Toledo. “Consideramos de extrema importâncias que as mamães estejam

Bem informadas. Já a versão digital do material pode ser distribuída facilmente para quem quiser”, conclui.

Da Redação

TOLEDO