Inflação das famílias mais pobres supera 10% em 12 meses até agosto, diz Ipea
Em agosto, o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda mostra que a inflação das famílias de renda muito baixa e de renda baixa avançou 0,91%. O principal motivo foi a alta dos alimentos, que são mais relevantes na cesta de consumo da parcela mais pobre da população. Com o resultado, a inflação dessas faixas de renda acumula alta de 10,63% e 10,37%, respectivamente, em 12 meses.
A inflação das famílias de renda alta, por sua vez, apresentou aumento de 0,78% no mês. Neste caso, a inflação acumulada em 12 meses é de 8,04%.
Além do menor peso dos alimentos na cesta de consumo dos mais ricos, essa parcela da população ainda beneficia-se, do ponto de vista inflacionário, da menor pressão de preços do setor de serviços. É o caso da educação.
Para calcular as diferentes faixas de inflação, o Ipea constrói uma cesta de bens e serviços tipicamente consumida por famílias mais ricas e mais pobres.
A renda muito baixa considerada, por exemplo, é aquela inferior a R$ 1.808 por família. O modelo é alimentado pela coleta de preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).