Venda de pescados: quaresma movimenta mercado

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No período da quaresma, muitos cristãos fazem jejuns e substituem a carne vermelha por frutos do mar e pescados. Dessa forma, a fé ajuda a fomentar o mercado da piscicultura em Toledo e região. A perspectiva é que as vendas aumentem em aproximadamente 30 a 50% neste ano. O valor de comercialização até a mesa do consumidor também teve reajuste.

O comprador da Primato Cooperativa Agroindustrial, Marlon Thiago de Carvalho, explica que a organização realiza levantamento, analisa o mercado e efetua as negociações com até dois meses de antecedência ao começo da Quaresma. Inclusive, os supermercados da Cooperativa ampliam os produtos no período. “Em comparação aos outros meses do ano, a expectativa é aumentar a venda de pescado em média de 30%. Nós buscamos produtos com um custo benefício atrativo ao nosso consumidor e com um valor equilibrado com a nossa concorrência”.

Peixes de água doce ou salgada serão comercializados no período, pois é um mercado em constante crescimento. Carvalho salienta que a Cooperativa procura manter os produtos que são comercializados normalmente, como o filé de tilápia, camarão, salmão e outros produtos que possam atrair a atenção do cliente. “Também avaliamos os produtos e os lançamentos das nossas cooperativas parceiras. Ainda observamos um aumento de procura por um produto mais fresco”.

O comprador da Primato Cooperativa enfatiza que a instituição investiu também em itens menores e pratos mais rápidos. “Ainda ofertaremos o salmão em porção menor, empanados, lasanhas e iscas de pescado. A cada ano, observamos as tendências e trazemos itens diferentes ao nosso consumidor”.

Carvalho destaca que a rede ainda investe em produtos que auxiliam na elaboração de um prato, como azeite, legumes, entre outros. “Assim, conseguimos ampliar as nossas vendas no período”.

MOVIMENTO – “Sem dúvida, essa é a época que mais gera movimento no mercado de pescados. O peixe é um dos pratos principais durante a quaresma. Nossa expectativa é comercializar 50% mais em relação ao restante do ano”, aponta a vendedora de uma loja de carnes e peixes, Maria Silva

Segundo Maria, a preparação para atender as projeções do período inicia meses antes já com as projeções e antecipações de compras, além da logística de recebimento, armazenamento e disposição dos produtos na loja. Ela aponta que é fundamental ofertar diversas opções de pescados, cortes e frutos do mar para a clientela.

“Nossa preocupação em bem atender os clientes também envolve colocar à disposição alimentos de qualidade, oriundos de distribuidores com credibilidade. Com opção de escolha também é possível encontrar variação de preço, pois isso depende da espécie do peixe, do corte, entre outros tipos como ser vendido desfiados, dessalgado”, explica a vendedora.

OS MAIS PROCURADOS – No topo das vendas estão os filés de tilápia e de merluza. Maria recordar que os do Paraná e de São Paulo são os maiores produtores e exportadores de tilápia do Brasil e isso contribui para que o pescado chegue fresquinho até a mesa do consumidor e com qualidade garantida. Além disso, eles são comercializados em diversas cortes como filés, postas, iscas, entre outros.

“Acredito que essa facilidade em encontrar a tilápia para comprar interfira na opção de escolha. Além de encontrar o alimento, ele também é apetitoso, nutritivo e fácil de fazer”, aponta a vendedora.

O ápice das vendas acontece na Semana Santa. Maria destaca que nas proximidades da Sexta-feira Santa aumenta significativamente a procura por pescados e também por frutos do mar, entre os mais vendidos estão o bacalhau, o salmão e o camarão.

REAJUSTE DOS PEIXES – A aposentada, Dulce Ferreira, relata que o peixe integra as refeições semanais da família. “Ao menos a cada 15 dias comemos um prato a base de peixe, contudo, procurar fazer uma vez na semana. Eu gosto de cozinhar e faço pratos variados com pescados variados. Porém, nos últimos dias já percebi um aumento de 10 a 15% nos preços. Isso também não é uma novidade, tudo passa por reajuste, tem inflação”.

Dulce conta que costuma fazer pesquisa de preço em relação aos tipos de peixe que a família mais consome: a tilápia e o bacalhau. Ela pontua que não levo em consideração apenas os valores. “A qualidade do alimento é fundamental, a procedência, o aspecto, tudo tem seu peso e faz a diferença quando o assunto é o quanto vale nossa saúde”, conclui.

Peixe: os benefícios desse alimento na dieta

O peixe é nutritivo, saudável e saboroso. Existem diversas espécies e cortes que permitem variar na criação dos pratos. A gastronomia é atrativa e peculiar quando envolve pescados e frutos do mar. A dica é fazer com que o peixe faça parte do cardápio.

“O peixe é uma importante fonte de proteína”, destaca a nutricionista Ana Alegretti. “Os peixes fornecem uma proteína de ótimo valor biológico, além de ser de fácil digestão. Eles também não são ricos em gorduras saturadas e possuem menos calorias, ao contrário de outras carnes, por isso, são interessantes aliados no processo de emagrecimento, mas claro que cada caso é um caso”.

Ana reforça que não faltam motivos para acrescentar o peixe na dieta. Ele comenta que esse tipo de alimento possui menores níveis de colesterol ruim, contribui para o aumento do colesterol bom, além disso, beneficia diretamente a saúde do coração.

“Vale pontuar que os peixes são ricos em cálcio, ferro, vitaminas e selênio. A vitamina D contribui para a saúde óssea e combate a osteoporose, já do complexo B contribui para o fortalecimento do sistema nervoso e no crescimento das unhas e bom estado da pele e da visão. Cada pessoa tem suas necessidades nutricionais, por isso, a dica é buscar orientação em relação ao consumo recomendado”, finaliza.

Da Redação

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