No escuro!

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Não é de hoje que alguns bairros e localidades no interior de Toledo sofrem com as oscilações no fornecimento de energia elétrica. O problema é grave e parece vir sendo tratado com desdém por parte da chefia regional. As respostas, quando chegam, são vazias. E o problema das quedas consecutivas de energia elétrica e oscilações frequentes na tensão da rede são recorrentes não apenas em Toledo, mas na Região Oeste como um todo, trazendo transtornos e prejuízos milionários a produtores rurais e também a quem mora nas áreas urbanas e convive com eletrodomésticos sendo ‘castigados’ a quase todo instante.

Como mostra reportagem na edição desta terça-feira (2), uma pesquisa inédita encomendada pelo Sistema Faep/Senar-PR e realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas aferiu a avaliação de agricultores e pecuaristas paranaenses a respeito dos serviços prestados pela Copel. Exatos 85% dos entrevistados não estão satisfeitos com a estabilidade no fornecimento de energia elétrica. O grau de insatisfação aumenta nos polos produtivos que se dedicam a atividades intensivas no uso de energia, como avicultura, piscicultura, suinocultura e pecuária leiteira, como é o caso de Toledo e das cidades da região.

A pesquisa entrevistou 514 produtores rurais, entre 26 de fevereiro e 14 de março, em diversas regiões do Paraná. Do total, 38,9% dos entrevistados declararam estar insatisfeitos com a estabilidade no fornecimento e energia elétrica, enquanto 30,9% afirmaram estar muito insatisfeitos. Outros 15,2% responderam que não estão satisfeitos, nem insatisfeitos com esse quesito. O principal motivo para a avaliação negativa é a falta constante de energia elétrica (44%), seguido pela demora na resolução dos problemas (14%) e muita oscilação na rede (12,3%).

O maior índice de descontentamento se concentra no Oeste do Paraná, que se notabiliza por ser a principal região produtora de peixes de cultivo e uma potência na avicultura e na suinocultura. Potência que a cada novo problema da Copel sofre, como aconteceu recentemente em Toledo e Marechal Cândido Rondon, onde milhares de aves e peixes morrem pela falta de energia elétrica durante um período prolongado.

De nada adianta apresentar números superlativos de faturamento, de valorização em Bolsa, etc, sendo que onde mais se precisa de um bom serviço a situação anda crítica, como é o caso de Toledo que, graças ao seu crescimento tem demandado cada vez mais, algo que a Copel, infelizmente, parece não estar conseguindo acompanhar.

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