Polícia Civil conclui caso de mulher que queimou marido na churrasqueira em Toledo

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A mulher que matou, esquartejou e queimou o marido numa churrasqueira em Toledo segue presa pela Polícia Civil. O delegado que comanda o caso, doutor Fabio Freire, deu mais detalhes sobre as investigações contra Taciana Ferreira da Silva, que matou o então companheiro Edivan da Silva Almeida em fevereiro deste ano de forma brutal.

Taciana deverá responder por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual. As penas para estes crimes, somadas, podem chegar a 42 anos em regime fechado. A Polícia Civil pediu a transformação da prisão temporária em prisão preventiva até o fim do inquérito. Taciana também é acusada de ter cometido crime semelhante no Estado de Pernambuco. Sobre este novo fato o delegado esclareceu que as investigações serão conduzidas pela Polícia Civil daquele estado.

Relembre o caso

TRAIÇÃO

Em fevereiro deste ano, Taciana Ferreira da Silva matou, esquartejou e depois queimou o marido, Edivan da Silva Almeida na churrasqueira de sua residência. O motivo do crime teria sido uma suposta traição do marido, versão que já foi descartada pela polícia por vários motivos.

Segundo o delegado, Edivan vinha tendo um relacionamento desde 2021 com uma mulher na Paraíba e, em conversas com essa testemunha, teria inclusive solicitado orçamento para uma reforma na residência onde queria morar com a mulher que seria sua noiva, que não sabia que Edivan tinha outra mulher em Toledo. “Ele apenas queria terminar um curso que estava fazendo em Toledo para retornar à Paraíba em junho ou julho”, comenta o doutor Fabio Freire.

Delegado Fabio Freier durante coletiva (Crédito: Marcio Pimentel)

Ainda de acordo com ele, outras testemunhas confirmaram que Taciana tinha relacionamentos fora dessa união com Edivan, o que descaracteriza ela ter agido num momento de raiva ao descobrir a suposta traição do então companheiro.

Após receber uma ligação dessa mulher, Taciana afirmou que Edivan estava internado o que, na visão do delegado, indica que a acusada premeditou o crime “e não um ódio repentino”.

PERÍCIAS

Perícias confirmaram a presença de sangue no banheiro – onde Taciana esquartejou o corpo – além de sangue humano e outros cômodos da casa, assim como na churrasqueira. “Ficaram com isso comprovados alguns fatos informados pela investigada. Ainda resta a perícia dos ossos encontrados na churrasqueira”, disse o delegado. Fabio Freire informou, entretanto, é que seja feito um exame num filho de Edivan para confirmar a mostra de sangue.

LIGAÇÃO

Além disso, a Polícia Civil teve acesso à ligação ao SAMU feita por Taciana. Ela afirmou ter ligado na noite do dia 14 de fevereiro, mas essa ligação aconteceu somente na manhã do dia 15. Ao fundo, de acordo com o delegado Fabio Freire, é possível ouvir a respiração de Edivan agonizando. Ela fala com o atendente do SAMU e em seguida desliga o telefone e não retorna a ligação ou atende o chamado do serviço.

Ouça o áudio a seguir:

Para a Polícia Civil há dois qualificadores para tipipficar o crime: Impossibilidade de defesa da vítima e meio cruel para matar seu companheiro. A polícia também desconfia da versão que Taciana apenas deu medicamentos ao ex-companheiro, “mas que ela também deu veneno ou outra substância que levou à morte da vítima”, comentou o delegado Fabio Freire.

A entrevista completa pode ser acessada no nosso canal do Youtube ou nas redes sociais.

Márcio Pimentel
Da Redação
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