LaBiM da UTFPR reforça empenho da comunidade acadêmica no combate da Covid-19

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A comunidade acadêmica tem desempenhado importante papel em relação ao combate da Covid-19. Pesquisas, realização de testes, produção e entrega gratuita de insumos que visam evitar o contágio são algumas das ações desenvolvidas pelas universidades. Em Toledo, uma das iniciativas é o Laboratório de Biotecnologia de Microrganismos (LaBiM) da Universidade Tecnologia Federal do Paraná (UTFPR) que passou a atender a comunidade em geral.

No início deste ano, o LaBiM obteve a licença sanitária, o alvará de funcionamento e a habilitação junto ao Laboratório Central do Estado (Lacen) para realização de testes diagnósticos da Covid-19 por RT-PCR (teste feito a partir da coleta de amostra de saliva). As certificações permitiram que o LaBiM pudesse ampliar suas ações.

“Estamos realizando coletas nas segundas, quartas e sextas das 10h às 12h”, comenta o professor, Thiago Cintra Maniglia. “Qualquer pessoa com suspeita de Covid-19 pode realizar o exame que é gratuito. O agendamento é feito por uma planilha. O link está no Instagram do LaBiM que é @labim.utfpr”.

IMPORTÂNCIA PARA A COMUNIDADE – O projeto piloto interno teve início em agosto de 2021. A iniciativa tinha como objetivo padronizar os protocolos e ter confiança nos testes. Nos primeiros exames, as pessoas que tiverem positivo para Covid-19 realizaram os testes em outros laboratórios e também receberam parecer positivo, isso fez com que o projeto tivesse 100% de acerto.

Desde agosto do ano passado, foram processados mais de mil exames gratuitos para a comunidade de Toledo e região. “A taxa de infecção em 2021 foi de 2,82% e em 2022 está em 22,47%”, cita o professor. “A habilitação no Lacen ocorreu no dia 28 de janeiro e a autorização para coleta na Vigilância Sanitária foi no dia 18 de fevereiro”, comenta ao enaltecer a impotência do LaBiM ter esse reconhecimento.

O campus de Toledo foi o segundo a receber o laboratório para a detecção rápida dos casos de Covid-19. “O Laboratório já tem a homologação junto ao Lacen e tem a autorização da Vigilância Sanitária para fazer coletas de amostras. É um trabalho fantástico e agora está a serviço da comunidade”, destacou o reitor da UTFPR, Marcos Schiefler Filho, durante visita ao campus de Toledo, ocorrida no um de fevereiro.

EXIGÊNCIAS E PADRONIZAÇÃO – Para que a estrutura se tornasse realidade, a Universidade contou com mais de R$ 235 mil provenientes do Ministério Público do Trabalho para a aquisição dos equipamentos. “A própria Universidade investiu mais de R$ 100 mil para fazer a construção física. Todo esse processo demorou aproximadamente um ano”, recordou o professor.

Com 50 metros quadrados, o espaço possui o nível de segurança biológica 2, voltado para a realização de exames moleculares para detecção de doenças infecciosas. “Recebemos investimentos para a compra de kits de insumos para a realização dos testes. Com os recursos que já temos é possível realizar aproximadamente mil exames”, declarou Maniglia ao enfatizar a importância da Universidade no combate a pandemia e a dedicação de todo a equipe envolvida com o projeto.

“Os exames são para todos os públicos, mas realmente para crianças é melhor, porque o Swab prejudica muito. Para crianças abaixo de 2 anos, que têm dificuldade de coletar a saliva direto no tubo, a gente coleta a saliva com um Swab na boca”, explica o professor ao salientar o método de coleta utilizado e sua padronização.

MAIS TESTES –  O projeto promoveu algumas ações junto à comunidade. A primeira aconteceu em outubro durante o 1º Am&Tech – Arranjo Municipal de Tecnologia, Ciência, Inovação e Empreendedorismo. As demais foram no fim do ano passado, uma na Praça Willy Barth e a outro no Parque Ecológico Diva Paim Bart.

Da Redação

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