Dengue: período de frio ainda requer cuidados e ações contra o mosquito

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As temperaturas baixas não têm intimidado o mosquito Aedes aegypti que continua em circulação em Toledo. Responsável pelo aumento de casos de dengue, ele tem sido encontrado em, praticamente, todos os bairros da cidade. Segundo dados do boletim epidemiológico, divulgado na última quinta-feira (2), o município já contabiliza 3.243 casos de dengue desde o início do ano epidemiológico (agosto/2021). Destes, 3.191 são autóctones e 52 casos importados.

Na última semana foram registrados 351 novos casos. O município ainda tem 579 casos suspeitos aguardando análise completa do exame. As cinco localidades apontadas no boletim com maior número de casos são: Panorama (347), Centro (299), Europa (196), Fachini (188) e Boa Esperança (186); e os cinco locais com mais focos de dengue são: Santa Clara IV (102), Concórdia do Oeste (96), Esplanada(30), Vila Nova (20) e Planalto (18).

AÇÕES – A coordenadora do Setor de Controle e Combate às Endemias, Lilian Konig, explica que o trabalho das equipes está bem intenso nas últimas semanas. Contudo, a população também precisa colaborar com as ações. “Os agentes têm trabalhado muito, mas o setor resolve 10% dos casos, os outros 90% são de obrigação da população. No primeiro quadrimestre deste ano, nós recebemos 616 denúncias relacionadas a dengue e todas foram solucionadas. Porém, o trabalho não acaba e a população precisa estar unida para juntos acabarmos com a dengue”.

Lilian enfatiza que é importante a população atender aos agentes que fazem as vistorias nos quintais e nas residências, retiram os focos de dengue e ainda repassam orientações de cuidados e prevenção. “É importante a população abrir as portas para os agentes de Endemias porque eles estão levando conhecimento e saúde. A dengue é uma doença séria e que pode matar”, complementa.

RESISTENTE – Com a chegada do período mais frio do ano, a tendência seria uma redução dos casos de dengue. No entanto, a coordenadora do Setor de Controle e Combate às Endemias acredita que os casos da doença ainda podem continuar uma vez que o mosquito Aedes aegypti se mostra mais resistente.

“Precisamos nos unir com ações pontuais. Contamos com o apoio da população para fazer o ‘dever de casa’ e eliminar qualquer água parada. Os casos de dengue continuam aparecendo. Um mosquito adulto tem capacidade de contaminar 300 pessoas. E ele está na cidade, o Aedes aegypti é urbano e domiciliar, por isso essa intensa campanha para cuidar dos quintais e residências. Hoje o lixo doméstico, os potes de plantas, baldes e pneus jogados são os principais focos de larvas”, esclarece.

NOTIFICAÇÕES – Além do aumento de casos observados nas últimas semanas, a coordenadora do Setor de Controle e Combate às Endemias, Lilian Konig, cita que os profissionais de Saúde também têm observado que os sintomas da doença estão mais fortes. “As pessoas estão com o sistema imunológico mais debilitado e, por isso, ficam mais frágeis quando são acometidas com a dengue. Elas precisam se hidratar com muita água, soro caseiro. Não tem muitos medicamentos que os médicos podem prescrever, o importante é o paciente se hidratar em casa”.

Ela reforça que ao apresentar os primeiros sintomas, o paciente deve imediatamente procurar atendimento médico. Desta forma ele também será notificado junto a Vigilância Epidemiológica. “A notificação é importante para os agentes fazerem o bloqueio na região onde reside o paciente”, conclui.

Da Redação

TOLEDO

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