Especialista explica os malefícios do cigarro eletrônico e outros tipos de tabagismo

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Comercialização de dispositivos eletrônicos para fumar é novamente proibido pela Anvisa

Nesta última quarta-feira, 6 de junho, após a análise do Relatório de Análise de Impacto Regulatório (AIR) sobre os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF), a Diretoria Colegiada da Anvisa aprovou por unanimidade manter a proibição dos dispositivos eletrônicos para fumar.

Recentemente, o cigarro eletrônico ganhou vários adeptos pelas pessoas acreditarem que o produto faz menos mal à saúde. Contudo, a oncologista do Hospital São Vicente Curitiba, Dra. Rayssa Helena de Sena, alerta: “apesar de ainda não existirem estudos populacionais concretos sobre cigarro eletrônico, pois é uma nova forma de tabagismo, não há nenhum motivo para acreditar que o cigarro eletrônico não contenha os mesmos malefícios dos já pesquisados”. Pelo contrário, a oncologista explica que já há casos que associam problemas pulmonares ao cigarro eletrônico. “Algum tempo atrás, foi descrito um dano pulmonar que levou à insuficiência respiratória aguda, que indicou a necessidade de ventilação mecânica e de intubação do paciente”, relata.

Cigarro eletrônico, cigarro com filtro, de palha, charuto, narguilé, entre outros, não importa o tipo de tabagismo, especialistas esclarecem que esse comportamento sempre poderá provocar algum dano à saúde. “É importante ressaltar que não existem formas seguras de consumo de tabaco”, afirma a oncologista.

O tabagismo está relacionado a vários tipos de doenças, como as cardiovasculares e os cânceres, entre eles os de cabeça e pescoço, os tumores de orofaringe, laringe e esôfago, alguns de estômago, de bexiga, entre outros. “O câncer de pulmão é, no Brasil, a terceira causa de câncer em homens e a quarta causa de câncer em mulheres, e 90% desses casos estão associados ao tabagismo”, revela a oncologista.

Como parar de fumar

Se qualquer forma de tabaco é nociva, não fumar é a única solução. Inclusive, até para quem convive com o fumante. “É muito difícil quantificar a exposição do fumante passivo ao tabaco, mas, sem dúvida, esse é um fator de risco conhecido não só para o câncer de pulmão, como para outras doenças pulmonares, doença pulmonar obstrutiva crônica, doenças fibrogênicas do pulmão”, considera a médica.

Mas, não é toda pessoa que consegue abandonar facilmente o tabagismo. Por isso, a recomendação é conversar com um médico, que pode indicar medicações, terapias comportamentais, terapias de grupo, entre outros métodos que ajudam a parar de fumar. “Existem várias escalas que são muito bem validadas para que o médico acesse o grau de dependência química de cada paciente e, a partir daí, seja traçada uma estratégia individualizada”, completa Dra. Rayssa Helena de Sena.

Expressa Comunicação

Grupo Hospitalar São Vicente-FUNEF

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